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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

AIDS
AIDS, ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é uma doença infectocontagiosa causada pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Vírus), que leva à perda progressiva da imunidade. A doença, na verdade uma síndrome , caracteriza-se por um conjunto de sinais e sintomas advindos da queda da taxa dos linfócitos CD4, células muito importantes na defesa imunológica do organismo. Quanto mais a moléstia progride, mais compromete o sistema imunológico e, consequentemente, a capacidade de o portador defender-se de infecções.
O vírus HIV pode ser encontrado no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno das pessoas infectadas pelo vírus. Objetos contaminados pelas substâncias citadas, também podem transmitir o HIV, caso haja contato direto com o sangue de uma pessoa.

Agente Etiológico:
HIV-1 e HIV-2, retrovírus da família Lentiviridae.

Período de Incubação
Compreendido entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas da fase aguda, podendo variar de 5 a 30 dias.

Período de Latência
É o período após a fase de infecção aguda, até o desenvolvimento da imunodeficiência. Esse período varia entre 5 e 10 anos, média de 6 anos. 

Período de Transmissibilidade
O indivíduo infectado pelo HIV pode transmiti-lo em todas as fases da infecção, risco esse proporcional à magnitude da viremia.

Transmissão:
A AIDS é transmitida de diversas formas. Como o vírus está presente no esperma, secreções vaginais, leite materno e no sangue, todas as formas de contato com estas substâncias podem gerar um contágio. As principais formas detectadas até hoje são:
  • Transfusão de sangue ou hemoderivados não testados;
  • A recepção de órgãos ou sêmen de doadores não testados;
  •  Relações sexuais sem preservativo,
  • Compartilhamento de seringas ou objetos cortantes que possuam resíduos de sangue.  
  • Acidente ocupacional durante a manipulação de instrumentos perfurocortantes, contaminados com sangue e secreções de pacientes;
  •  A AIDS também pode ser transmitida da mãe para o filho durante a gestação ou amamentação.


Quadro Clínico:
Um portador do vírus da Aids pode ficar até 10 anos sem desenvolver a doença e apresentar seus principais sintomas. Isso acontece, pois o HIV fica "adormecido" e controlado pelo sistema imunológico do indivíduo. Quando o sistema imunológico começa ser atacado pelo vírus de forma mais intensa, começam a surgir os primeiros sintomas. Os principais são:
·          Hipertermia;
·         Diarreia constante,
·         Adenopatias (crescimento dos gânglios linfáticos),
·         Perda de peso e erupções na pele.
 Quando a resistência começa a cair ainda mais, várias doenças oportunistas começam a aparecer:
·         Pneumonia,
·          Alguns tipos de câncer,
·         Problemas neurológicos,
·          Perda de memória,
·         Dificuldades de coordenação motora,
·         Sarcoma de Kaposi (tipo de câncer que causa lesões na pele, intestino e estômago).
Caso não tratada de forma rápida e correta, estas doenças podem levar o indivíduo a morte rapidamente.

Diagnóstico:
Existe um exame de sangue específico para o diagnóstico da AIDS, chamado teste Elisa. Em média, ele começa a registrar que a pessoa está infectada 20 dias após o contato de risco. Se depois de três meses o resultado for negativo, não há mais necessidade de repetir o exame, porque não houve infecção pelo HIV. No Centro de Referência em Treinamento em DST/AIDS é possível realizar um teste laboratorial mais rápido, cujo resultado sai algumas horas depois da coleta de sangue.

Tratamento
Infelizmente  ainda não existe a cura para a Aids. O que temos hoje são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa com a doença. Estes medicamentos melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando a sobrevida. O medicamento mais utilizado atualmente é o AZT ( zidovudina ) que é um bloqueador de transcriptase reversa. A principal função do AZT é impedir a reprodução do vírus da Aids ainda em sua fase inicial. Outros medicamentos usados no tratamento da Aids são : DDI ( didanosina ), DDC ( zalcitabina ), 3TC ( lamividina ) e D4T ( estavudina ). Embora eficientes no controle do vírus, estes medicamentos provocam efeitos colaterais significativos nos rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes.
Cientistas do mundo todo estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra a Aids. Porém, existe uma grande dificuldade, pois o HIV possui uma capacidade de mutação muito grande, dificultando o trabalho dos cientistas no desenvolvimento de vacinas.

Prevenção:

Para evitar a transmissão da Aids, recomenda-se uso de preservativo durante a relação sexual, uso de seringas e agulhas descartáveis, teste prévio no sangue a ser transfundido e uso e luvas quando estiver manipulando feridas ou líquidos potencialmente contaminados. As gestantes devem fazer o teste de aids e começar o pré-natal o mais cedo possível.

Referências:

Leia também:
http://www.conhecer.org.br/enciclop/2013a/saude/Enfrentamento.pdf

Filmes Relacionados ao assunto:
https://www.youtube.com/watch?v=Oal5AKk1-TA
E a Vida Continua (And the Band Played On)

Inspirado no livro de Randy Shilts, este filme traça o início da AIDS na África na década de 1970 e segue até a morte de Rock Hudson em 1986. A história aponta para a indiferença dos governos e a falta de ação, que resultou em tantas mortes nos primeiros anos, por causa da percepção de que a AIDS era uma "doença gay".
E a Vida Continua (Foto: .)



Yesterday

Este filme sul-africano foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2005. Ele conta a história de Yesterday, uma mulher de uma aldeia Zulu que descobre ser HIV positivo, apesar de sua fidelidade ao seu marido. As cenas entre ela e o marido promíscuo mostram a combinação de estigma social, o sexismo e medo que facilitam a propagação do HIV na África Subsaariana.
Yesterday (Foto: .)



Filadélfia (Philadelphia)

Talvez o filme mais conhecido que trata da AIDS, em que Tom Hanks vive um advogado que é demitido por ser HIV positivo. Contracenando ao seu lado está Denzel Washington, como um advogado homofóbico que ainda assim concorda em assumir o caso. Filadélfia foi o primeiro grande filme comercial a retratar um protagonista abertamente gay e reconhecer a homofobia e a discriminação contra soropositivos como prejudicial.
Filadélfia  (Foto: .)


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The Normal Heart:
Ned Weeks (Mark Ruffalo) é um escritor e seu namorado de Felix (Matt Boomer) contrai o vírus da AIDS, fazendo com que ele se torne um grande ativista. Sua principal bandeira é mostrar para o mundo que a doença não deve ser vista como um "câncer gay", ideia comprada pela médica cadeirante Emma Brokner (Julia Roberts), que passa a agitar a causa dentro da comunidade científica.

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