CATETERISMO NASOENTERAL
Conceito
Cateterismo Nasoenteral é a introdução através da cavidade nasal/oral de uma sonda de poliuretano ou outro material, posicionada no duodeno ou jejuno, com objetivo de disponibilizar uma via de acesso para nutrição.
Responsáveis pelo Procedimento
Enfermeiro e/ou médico
Enfermeiro e/ou médico
Objetivos
1. Fornecer suporte nutricional por via enteral.
1. Fornecer suporte nutricional por via enteral.
2. Fornecer uma via para administração oral de medicamentos em pacientes que se encontram incapazes de cooperar e engolir sob comando.
Indicações da Sonda Nasoentérica
• Administração de medicamentos
• Alimentação enteral
• Problemas gastrintestinais com a dieta alimentar normal
• Presença de neoplasias (tumores) de boca
• Presença de neoplasias (tumores) de garganta
• Terapias para o câncer (neoplasias)
• Cuidados na convalescença
• Condições hipermetabólicas
• Paralisia orofaríngea / esofagiana
• Cirurgia maxilo-facial ou cervical
• Administração de medicamentos
• Alimentação enteral
• Problemas gastrintestinais com a dieta alimentar normal
• Presença de neoplasias (tumores) de boca
• Presença de neoplasias (tumores) de garganta
• Terapias para o câncer (neoplasias)
• Cuidados na convalescença
• Condições hipermetabólicas
• Paralisia orofaríngea / esofagiana
• Cirurgia maxilo-facial ou cervical
Contra Indicações
A passagem cega de uma sonda nasoentérica não deve ser realizada em pacientes com suspeita ou certeza de:
1. Fratura dos ossos nasais.
2. Suspeita de fratura na base do crânio.
3. Constricção ou rotura do esôfago.
4. Coagulopatia.
5. Ingestão de soluções cáusticas.
Material:
• Máscara descartável,
• Bandeja,
• Sonda Nasoenteral (a sonda DOBBHOFF, fabricada por Dobbie e Hoffmeister na década de 70) são fabricadas em poliuretano e silicone, não sofrem alteração física em contato com o PH ácido do estomago, são flexíveis, maleáveis e duráveis. Seu calibre é fino, com uma ogiva distal (tungstênio) possibilitando seu posicionamento além do esfíncter piloro, permitindo também o fechamento dos esfíncteres durante seu trajeto (Cárdia e Piloro).
• Gel hidrossolúvel/Xilocaína gel
• Seringa 20 ml,
• Gaze,
• Estetoscópio,
• Luva de procedimento,
• Esparadrapo/micropore,
• SF 0,9%,
• Lanterna (se necessário),
• Biombo (se necessário),
• Toalha ou papel toalha.
• Máscara descartável,
• Bandeja,
• Sonda Nasoenteral (a sonda DOBBHOFF, fabricada por Dobbie e Hoffmeister na década de 70) são fabricadas em poliuretano e silicone, não sofrem alteração física em contato com o PH ácido do estomago, são flexíveis, maleáveis e duráveis. Seu calibre é fino, com uma ogiva distal (tungstênio) possibilitando seu posicionamento além do esfíncter piloro, permitindo também o fechamento dos esfíncteres durante seu trajeto (Cárdia e Piloro).
• Gel hidrossolúvel/Xilocaína gel
• Seringa 20 ml,
• Gaze,
• Estetoscópio,
• Luva de procedimento,
• Esparadrapo/micropore,
• SF 0,9%,
• Lanterna (se necessário),
• Biombo (se necessário),
• Toalha ou papel toalha.
Descrição do Procedimento
Procedimento de Enfermagem
|
Justificativa
|
01-Higienizar as mãos;
|
01- Reduzir transmissão de microrganismos;
|
02-Conferir prescrição médica, reunir o material e levar para próximo ao paciente;
|
02- Evitar erros, facilitar a organização e o controle eficiente do tempo;
|
03-Explicar o procedimento ao paciente e ao familiar;
|
03-Fazer com que o paciente e a família sejam mais cooperativos e tolerantes para um procedimento que, no início, é bastante desagradável;
|
04-Isolar a cama com um biombo;
|
04-Resguardar a privacidade do paciente;
|
05-Posicionar o paciente em posição “Fowler” alta, a menos que haja contra
indicação. Caso o paciente não possa ter a cabeceira elevada, mantê-lo em decúbito dorsal horizontal, lateralizando a cabeça e
inclinando-a para frente;
|
05- Facilitar a inserção da sonda;
|
06-Colocar máscara e calçar luvas de procedimento;
|
06- Proporcionar barreira física entre o profissional e os fluidos corporais do paciente;
|
07-Avaliar a desobstrução nasal e/ou desvio de septo;
|
07- Para inserir a sonda na narina não comprometida;
|
08-Inspecionar a condição da cavidade oral do paciente e o uso de prótese dentária;
|
08- A condição da cavidade oral determina a necessidade de cuidados de enfermagem para sua higienização após a inserção da sonda;
|
09- Colocar toalha ou papel toalha sobre o tórax do paciente;
|
09- Evitar sujar a roupa do paciente;
|
10- Higienizar narina com SF 0,9% quando necessário;
|
---------------------
|
11-Mensurar a sonda do ápice do nariz ao lóbulo da orelha, descer até o apêndice xifoide adicionando 15 a 20 cm, marcando com fita adesiva;
|
11-Determinar o comprimento correto a ser inserido a fim de atingir o duodeno;
|
12- Lubrificar a sonda com Xilocaína gel
|
12- Reduzir a fricção e o trauma tissular;
|
13- Introduzir a sonda na narina do paciente até sentir uma pequena resistência, nesse ponto, peça ao paciente para fletir ligeiramente a cabeça;
|
13- A resistência indica que a sonda atingiu a nasofaringe e ao fletir a cabeça ocorre o fechamento de traqueia e abertura do esôfago;
|
14- Quando possível, solicitar a colaboração do paciente, pedindo para que faça movimentos de deglutição;
|
14-Ajudar a passagem na sonda pelo esôfago;
|
15- Continuar introduzindo a sonda, acompanhando os movimentos de deglutição do paciente até o ponto pré-marcado;
|
_____________________
|
16- Testar posicionamento, injetando 20 ml de ar com seringa de bico. Auscultar com estetoscópio simultaneamente a região epigástrica e/ou aspirar o conteúdo gástrico;
|
16- A ausculta do fluxo de ar ao entrar no estômago é indicador da correta posição da sonda;
|
17- Após confirmação do posicionamento adequado da sonda, retirar o fio guia delicadamente;
|
______________________
|
18- A sonda deverá ser fixada adicionalmente na face, do mesmo lado da narina utilizada, com fita adesiva fina;
|
18- Evitar pressão excessiva sobre a narina e que a sonda migre para além da distância desejada;
|
19- Solicitar que o paciente permaneça em decúbito lateral Direito;
|
19- Facilitar o posicionamento da sonda para o duodeno através dos movimentos peristálticos;
|
20- Reunir todo material e deixar o paciente confortável;
|
20- Manter o ambiente em ordem e demonstrar preocupação com o seu bem estar;
|
21- Desprezar o material em local apropriado, higienizar a bandeja;
|
--------------------------
|
22- Retirar as luvas de procedimento e a máscara descartável;
|
---------------------------
|
23- Higienizar as mãos;
|
23- Reduzir transmissão de microrganismo;
|
24- Realizar anotações de enfermagem no prontuário;
|
24- Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento;
Artigos 71 e 72 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Responsabilidades e Deveres);
|
25- Encaminhar o paciente para controle radiológico;
|
25-Confirmar o posicionamento da sonda;
|
26- - Após a confirmação pelo RX que a sonda está corretamente posicionada o paciente deve ficar pelo menos 4 horas em jejum para não haver náusea ou vômitos
|
(26 A) A confirmação pelo RX deve ser feita para prevenir iatrogenias decorrentes da incorreta localização da sonda.
(26 B) O paciente deve ficar pelo menos 4 horas em jejum para não haver náusea ou vômitos
|
Complicações
• Traumas nasais;
• Inflamação do intestino;
• Diarreia;
• Obstrução da sonda;
• Pneumotórax.
• Traumas nasais;
• Inflamação do intestino;
• Diarreia;
• Obstrução da sonda;
• Pneumotórax.
Fatores que predispõem à má colocação da sonda e consequentes complicações pulmonares incluem o que se segue:
A) Intubação endotraqueal ou traqueostomia: Esses procedimentos estão associados ao risco mais comum e ocorrem em 60% dos pacientes que desenvolvem complicações com a inserção da sonda nasoentérica. As sondas endotraqueais ou as sondas de traqueostomia podem impedir o fechamento da glote, prejudicar o mecanismo da deglutição e levar à inserção endobrônquica.
B) Estado neurológico comprometido: Esta condição pode resultar em reflexos diminuídos das vias aéreas (faríngeo, deglutição e tosse), o que pode levar à inserção intrapulmonar da sonda de alimentação sem que o paciente demonstre sinais de angústia (tosse, dispneia, desconforto torácico).
C) Tamanho e comprimento da sonda colocada na árvore pulmonar: A inserção de sondas de grande calibre (como a sonda nasogástrica) em um ramo principal ou em um brônquio lobar geralmente não causa rotura do brônquio, porque as grandes divisões das vias suprimir aéreas são bem sustentadas por cartilagem e músculo liso. Contudo, sondas nasoentéricas de pequeno calibre podem avançar além, para o interior da árvore brônquica antes que o tamanho do tubo exceda a luz do brônquio, aumentando assim a possibilidade de rotura do brônquio e pneumotórax. Frequentemente é necessária a colocação de dreno de tórax quando ocorrem esses eventos. A experiência clínica mostra que as sondas de pequeno calibre, com ou sem trocater, apresentam igualmente a possibilidade de serem mal colocados.
Concepções erradas comuns sobre a inserção de sonda de alimentação incluem o que se segue:
1- O balonete do tubo endotraqueal ou de traqueostomia protege contra a inserção intrapulmonar da sonda de alimentação. A baixa pressão dos tubos endotraqueais e de traqueostomia permite a passagem fácil das sondas nasoentéricas de pequeno calibre, flexíveis e lubrificados para o pulmão.
2- A ausculta de fluxos de ar na região epigástrica enquanto se injeta ar na sonda nasoentérica garante o posicionamento adequado da sonda. A transmissão de som gerado no pulmão, para o estômago, e vice-versa, é comum e pode ser muito mal interpretada.
3- A ponta da sonda nasoentérica sobre a bolha de gás do estômago, vista pela radiografia, confirma o posicionamento correto do tubo. As radiografias são bidimensionais e não podem permitir a discriminação entre a sonda de alimentação que repousa posteriormente no lobo inferior esquerdo do pulmão do que repousa no estômago. Deve-se dar inteira atenção ao curso do tubo de alimentação quando ele passa através do tórax.
Registro de Enfermagem:
Registrar em anotações de enfermagem:
• Horário da realização do procedimento;
• Testes de verificação realizados pelo enfermeiro e outro membro da equipe;
• Médico que avaliou o Rx e liberou a infusão de dieta;
• Posicionamento da sonda (gástrica ou pós-pilórica);
• Intercorrências;
• Nome e COREN.
Anotar na frente do impresso de controles:
• Número do dia de sondagem;
• Posição da sonda (gástrica ou pós-pilórica).
Avaliação do Rx
A avaliação do RX para verificar o posicionamento é obrigatória!
Se a sonda estiver alocada no pulmão, seguir os seguintes passos para a retirada:
• Providenciar carro de emergência junto ao paciente;
• Solicitar a presença do médico plantonista;
• Após 30 minutos da retirada da sonda, solicitar novo Rx de controle, com posterior avaliação médica e registro em prontuário;
• Notificar o evento
Cuidados com a Manutenção da Sonda
• Checar a fixação da sonda e trocar, se necessário;
• Realizar os testes padronizados de posicionamento da sonda;
• Lavar a sonda com 20 ml de água filtrada antes, entre e após a administração das medicações;
• Macerar e administrar os medicamentos separadamente;
• Notificar enfermeiro e farmacêutico sobre qualquer dificuldade na diluição de medicamentos, resistência da sonda durante a administração.
• Seguir orientações na prescrição que recomendem a pausa da dieta para a administração de
medicamentos.
Cuidados com pacientes que fazem uso de sonda nasoenteral:
• Pacientes com suporte nutricional enteral devem ser pesados periodicamente de acordo com a rotina da sua unidade;
• O controle de peso deve constar em prescrição de enfermagem;
• O registro do volume infundido da dieta nas 24h é fundamental para o acompanhamento do aporte calórico recebido pelo paciente;
• A hidratação diária é essencial e deve constar na prescrição de enfermagem.
• Deixar o paciente em posição lateral direita para progressão da sonda para região pilórica;
• Manter a cabeceira do leito elevada a 30 graus para diminuir o risco de bronco aspiração;
• Administração da dieta pode ser contínua ou intermitente;
• Controlar, quando possível em bomba de infusão para melhor manutenção;
• Observar intolerância (náuseas, vômitos e diarreia) a alguns componentes da dieta, neste caso deve-se alterar sua composição, principalmente quando idosos;
• Deve-se aspirar o conteúdo gástrico através sonda, toda vez que for instalar nova dieta, para avaliar a presença de resíduos gástricos Caso exista um volume gástrico aspirado maior que 200 ml suspender a próxima dieta;
• Controlar sinais vitais, diurese, distensão abdominal, glicemia capilar, edemas, turgor da pele, dispneia;
• Ficar atento na fixação da sonda, alternando o local para não lesar a pele das narinas;
Cuidados no preparo e manuseio das sondas e dietas, de forma estéril, mantendo as dietas em refrigerador exclusivo, podendo ficar até 04hs em temperatura ambiente e 24hs na geladeira;
• Pacientes com suporte nutricional enteral devem ser pesados periodicamente de acordo com a rotina da sua unidade;
• O controle de peso deve constar em prescrição de enfermagem;
• O registro do volume infundido da dieta nas 24h é fundamental para o acompanhamento do aporte calórico recebido pelo paciente;
• A hidratação diária é essencial e deve constar na prescrição de enfermagem.
• Deixar o paciente em posição lateral direita para progressão da sonda para região pilórica;
• Manter a cabeceira do leito elevada a 30 graus para diminuir o risco de bronco aspiração;
• Administração da dieta pode ser contínua ou intermitente;
• Controlar, quando possível em bomba de infusão para melhor manutenção;
• Observar intolerância (náuseas, vômitos e diarreia) a alguns componentes da dieta, neste caso deve-se alterar sua composição, principalmente quando idosos;
• Deve-se aspirar o conteúdo gástrico através sonda, toda vez que for instalar nova dieta, para avaliar a presença de resíduos gástricos Caso exista um volume gástrico aspirado maior que 200 ml suspender a próxima dieta;
• Controlar sinais vitais, diurese, distensão abdominal, glicemia capilar, edemas, turgor da pele, dispneia;
• Ficar atento na fixação da sonda, alternando o local para não lesar a pele das narinas;
Cuidados no preparo e manuseio das sondas e dietas, de forma estéril, mantendo as dietas em refrigerador exclusivo, podendo ficar até 04hs em temperatura ambiente e 24hs na geladeira;
Observação Importante
Obstrução da Sonda:
• A desobstrução da sonda deve ser realizada somente através da administração de água morna.
• A utilização de fio guia é proibida e pode trazer graves consequências ao paciente.
Repassagem da Sonda:
• Após a repassagem da sonda, anotar a data e o motivo nas anotações de enfermagem.
Bibliografias:
CARMAGNANI, M. I.S. et al. Procedimentos de enfermagem: guia prático. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
Sandra Cristine da Silva, Ivana L. C. P. de Siqueira e Audry Elizabeth dos Santos: Boas Práticas de Enfermagem em Adultos - Procedimentos Básicos.
Ana Leticia Carnevalli Motta: Normas, Rotinas e Técnicas de Enfermagem.
CARMAGNANI, M. I.S. et al. Procedimentos de enfermagem: guia prático. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
Sandra Cristine da Silva, Ivana L. C. P. de Siqueira e Audry Elizabeth dos Santos: Boas Práticas de Enfermagem em Adultos - Procedimentos Básicos.
Ana Leticia Carnevalli Motta: Normas, Rotinas e Técnicas de Enfermagem.
Obrigado , sinto que é necessário mudanças nos cursos técnicos em enfermagem qto mais busco informações mais me preocupo e entendo o porque de tantos erros de enfermagem , é necessário estágio diurno para que possamos ver na prática os procedimentos.No período noturno as oportunidades de acompanhar procedimentos mais ricos para nosso conhecimento é muito pobre e vejo que estou com o diploma nas mãos e tenho muito a aprender , obrigado pela oportunidade me foi de grande esclarecimento um abraço.
ResponderExcluirObrigado , sinto que é necessário mudanças nos cursos técnicos em enfermagem qto mais busco informações mais me preocupo e entendo o porque de tantos erros de enfermagem , é necessário estágio diurno para que possamos ver na prática os procedimentos.No período noturno as oportunidades de acompanhar procedimentos mais ricos para nosso conhecimento é muito pobre e vejo que estou com o diploma nas mãos e tenho muito a aprender , obrigado pela oportunidade me foi de grande esclarecimento um abraço.
ResponderExcluirUm dos erros mais comuns e mesmo tentando conversar e orientar é desinsiflar o balenete do cuff para passar a sonda, alegando que o cuff insuflado atrapalha a passagem para o esôfago. Isso é algo grave que notamos na prática clínica.
ResponderExcluirAdorei aqui!!! Muito conteúdo bom!!! Parabéns!!
ResponderExcluirMe ajudou muito, obrigada.
ResponderExcluirGostei do conteúdo.Informacoes completas.
ResponderExcluirGostei muito do conteúdo
ResponderExcluir