Revisão da Anatomia e Fisiologia do Pâncreas
O pâncreas é uma glândula que faz
parte do sistema digestório e endócrino dos vertebrados. O pâncreas produz o
suco pancreático que age no processo digestivo, pois possui enzimas digestivas.
Esta glândula também é responsável pela produção de hormônios como, por exemplo:
·
Insulina,
·
Somatostatina;
·
Glucagon.
Localização
Localizado no abdômen, o pâncreas possui, nos seres humanos, de 14
a 25 centímetros de comprimento. Está localizado anexo ao duodeno.
Regiões
O pâncreas possui três regiões principais: cabeça do pâncreas,
corpo e cauda.
Vascularização do pâncreas
O pâncreas é vascularizado pelas artérias pancreaticoduodenais. A
drenagem venosa ocorre através das veias pancreáticas.
Tipos de tecido do pâncreas e suas funções:
- Ilhéus de Langerhans (região endócrina): células do pâncreas
responsáveis pela secreção de hormônios que fazem o controle dos níveis de
glicose no sangue ( insulina e glucagon).
- Ácino Pancreático (região exócrina): fabrica enzimas que atuam
no processo de digestão alimentar.
Funções da Insulina e do Glucagon
O pâncreas e as Ilhotas de Langerhans: células
alfa e beta, produtoras de hormônios.
Esses dois hormônios possuem efeitos antagônicos, ou seja,
atividade fisiológica inversa.
Enquanto a insulina tem sua atuação voltada para a absorção
de glicose pelas células do fígado, músculos esqueléticos e tecido adiposo,
diminuindo sua concentração em razão da retirada de glicose do
sangue. o glucagon, com atividade estimulante oposta, faz aumentar o teor de
glicose na corrente sanguínea a partir da quebra do glicogênio (substância de
reserva energética).
Desta forma, conforme a necessidade do organismo, o pâncreas
é requisitado a secretar insulina ou glucagon, dependendo da atividade
metabólica a ser desenvolvida, utilizando energia das ligações químicas
liberadas pelo catabolismo da glicose durante a respiração celular ou processo
de fermentação lática.
Diabetes Mellitus
Conceito:
O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla,
decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer
adequadamente seus efeitos, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue.
O diabetes acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio
insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou
porque este hormônio não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à
insulina).
Fatores
Predisponentes:
·
Idade maior ou igual a 45 anos;
·
História Familiar de DM ( pais, filhos e irmãos);
·
Sedentarismo;
·
HDL-c baixo ou triglicerídeo elevado;
·
Hipertensão arterial;
·
Doença coronariana;
·
DM gestacional prévio;
·
Filhos com peso maior do que 4 kg, abortos de
repetição ou morte de filhos nos primeiros dias de vida;
·
Uso de medicamentos que aumentam a glicose (
cortisonas, diuréticos tiazídicos e betabloqueadores).
Fisiopatologia:
O pâncreas é o órgão responsável pela produção do hormônio
denominado insulina. Este hormônio é responsável pela regulação da glicemia
(glicemia: nível de glicose no sangue). Para que as células das diversas partes
do corpo humano possam realizar o processo de respiração aeróbica (utilizar
glicose como fonte de energia), é necessário que a glicose esteja presente na
célula. Portanto, as células possuem receptores de insulina (tirosina quínase)
que, quando acionados "abrem" a membrana celular para a entrada da
glicose presente na circulação sanguínea. Uma falha na produção de insulina
resulta em altos níveis de glicose no sangue, já que esta última não é
devidamente dirigida ao interior das células.
Visando manter a glicemia constante, o pâncreas também
produz outro hormônio antagônico à insulina, denominado glucagon. Ou seja,
quando a glicemia cai, mais glucagon é secretado visando restabelecer o nível
de glicose na circulação. O glucagon é o hormônio predominante em situações de
jejum ou de estresse, enquanto a insulina tem seus níveis aumentados em
situações de alimentação recente.
Como a insulina é o principal hormônio que regula a
quantidade de glicose absorvida pela maioria das células a partir do sangue
(principalmente células musculares e de gordura, mas não células do sistema
nervoso central), a sua deficiência ou a insensibilidade de seus receptores
desempenham um papel importante em todas as formas da diabetes mellitus. Grande
parte do carboidrato dos alimentos é convertido em poucas horas no
monossacarídeo glicose, o principal carboidrato encontrado no sangue. Alguns
carboidratos não são convertidos. Alguns exemplos incluem a frutose que é
utilizada como um combustível celular, mas não é convertida em glicose e não
participa no mecanismo regulatório metabólico da insulina / glicose;
adicionalmente, o carboidrato celulose não é convertido em glicose, já que os
humanos e muitos animais não têm vias digestivas capazes de digerir a celulose.
A insulina é liberada no sangue pelas células beta (células β) do pâncreas em
resposta aos níveis crescentes de glicose no sangue (por exemplo, após uma
refeição). A insulina habilita a maioria das células do corpo a absorverem a
glicose do sangue e a utilizarem como combustível, para a conversão em outras
moléculas necessárias, ou para armazenamento. A insulina é também o sinal de
controle principal para a conversão da glicose (o açúcar básico usado como
combustível) em glicogênio para armazenamento interno nas células do fígado e
musculares. Níveis reduzidos de glicose resultam em níveis reduzidos de
secreção de insulina a partir das células beta e na conversão reversa de
glicogênio a glicose quando os níveis de glicose caem.
Níveis aumentados de insulina aumentam muitos processos
anabólicos (de crescimento) como o crescimento e duplicação celular, síntese
proteica e armazenamento de gordura. Se a quantidade de insulina disponível é
insuficiente, se as células respondem mal aos efeitos da insulina
(insensibilidade ou resistência à insulina), ou se a própria insulina está
defeituosa, a glicose não será administrada corretamente pelas células do corpo
ou armazenada corretamente no fígado e músculos. O efeito dominó são níveis
altos persistentes de glicose no sangue, síntese proteica pobre e outros
distúrbios metabólicos, como a acidose.
Quando a concentração de glicose no sangue está alta (acima
do limiar renal), a reabsorção de glicose no túbulo proximal do rim é
incompleta, e parte da glicose é excretada na urina (glicosúria). Isto aumenta
a pressão osmótica da urina e consequentemente inibe a reabsorção de água pelo
rim, resultando na produção aumentada de urina (poliúria) e na perda acentuada
de líquido. O volume de sangue perdido será reposto osmoticamente da água
armazenada nas células do corpo, causando desidratação e sede aumentada.
Quando os níveis altos de glicose permanecem por longos
períodos, a glicose causa danos ao sistema circulatório da retina, levando a
dificuldades de visão conhecidas como retinopatia diabética. A visão borrada é
a reclamação mais comum que leva ao diagnóstico de diabetes; o tipo 1 deve ser
suspeito em casos de mudanças rápidas na visão, ao passo que o tipo 2
geralmente causa uma mudança mais gradual.
Tipos/Formas Clínicas/Classificação
do Diabetes:
1.
Diabetes Mellitus
tipo I: Ocasionado pela destruição da célula beta do pâncreas, em geral por
decorrência de doença autoimune, levando a deficiência absoluta de insulina.
2.
Diabetes Mellitus
tipo II: Provocado predominantemente por um estado de resistência à ação da
insulina associado a uma relativa deficiência de sua secreção.
3.
Outras formas de
Diabetes Mellitus: Quadro associado a desordens genéticas, infecções, doenças
pancreáticas, uso de medicamentos, drogas ou outras doenças endócrinas.
4.
Diabetes
Gestacional: Circunstância na qual a doença é diagnosticada durante a gestação, em
paciente sem aumento prévio da glicose.
Quadro Clínico:
Os principais sinais e sintomas de diabetes são:
- Fadiga
(cansaço intenso e sem motivo), astenia e tonturas;
- Emagrecimento
rápido sem causa aparente (mesmo comendo mais que o habitual);
- Polidipsia
(Sede intensa);
- Boca
Seca;
- Infecções
repetidas (candidíase, furúnculos, infecções urinárias);
- Poliúria
(Vontade frequente de urinar);
- Nictúria
(hábito de urinar à noite);
- Polifagia
(fome exagerada);
- Dores
nas pernas;
- Visão
turva (embaçada);
- Dor
abdominal;
- Dificuldade
de cicatrização;
- Hálito
cetônico;
- Respiração de Kusmmaul (Respiração rápida
e superficial);
- Confusão
mental.
Diagnóstico:
O diagnóstico de diabetes normalmente é feito usando três
exames:
1. Glicemia de jejum
A glicemia de jejum é
um exame que mede o nível de açúcar no seu sangue naquele momento, servindo
para monitorização do tratamento do diabetes. Os valores de referência ficam
entre 65 a 99 miligramas de glicose por decilitro de sangue (mg/dL). O que
significam resultados anormais:
- Resultados entre 99 mg/dL e 140 mg/dL:
são considerados anormais próximos ao limite e devem ser repetidos em
uma outra ocasião.
- Valores acima de 140 mg/dL: já são
bastante suspeitos de diabetes, mas também devendo ser repetido em uma
outra ocasião.
- Valores acima de 200 mg/dL: são
considerados diagnósticos para diabetes.
2. Hemoglobina glicada
Hemoglobina glicada (HbA1c) a fração da hemoglobina ( proteína dentro do glóbulo
vermelho) que se liga a glicose. Durante o período de vida da hemácia - 90 dias
em média - a hemoglobina vai incorporando glicose, em função da concentração
deste açúcar no sangue. Se as taxas de glicose estiverem altas durante todo
esse período ou sofrer aumentos ocasionais, haverá necessariamente um aumento
nos níveis de hemoglobina glicada. Dessa forma, o exame de hemoglobina glicada
consegue mostrar uma média das concentrações de hemoglobina em nosso sangue nos
últimos 3 meses . Os valores da hemoglobina glicada irão indicar se você está
ou não com hiperglicemia, iniciando uma investigação para o diabetes. Valores normais
da hemoglobina glicada:
- Para as pessoas sadias: entre
4,5% e 5,7%
- Para pacientes já diagnosticados
com diabetes: abaixo de 7%
- Anormal próximo do limite: 5,7% e
6,4% e o paciente deverão investigar para pré-diabetes
- Consistente para diabetes: maior
ou igual a 6,5%.
3. Curva glicêmica
O exame de curva glicêmica simplificada mede a velocidade
com que seu corpo absorve a glicose após a ingestão. O paciente ingere 75g de
glicose e é feita a medida das quantidades da substância em seu sangue após
duas horas da ingestão. No Brasil é usado para o diagnóstico o exame da curva
glicêmica simplificada, que mede no tempo zero e após 120 minutos. Os valores
de referência são:
- Em jejum: abaixo de 100mg/dl
- Após 2 horas: 140mg/dl
- Curva glicêmica maior que 200 mg/dl
após duas horas da ingestão de 75g de glicose é suspeito para diabetes.
A Sociedade
Brasileira de Diabetes recomenda como critério de diagnóstico de diabetes
mellitus as seguintes condições:
- Hemoglobina
glicada maior que 6,5% confirmada em outra ocasião (dois testes alterados)
- Uma
dosagem de hemoglobina glicada associada a glicemia de jejum maior que 200
mg/dl na presença de sintomas de diabetes
- Sintomas
de urina e sede intensas, perda de peso apesar de ingestão alimentar, com
glicemia fora do jejum maior que 200mg/dl
- Glicemia
de jejum maior ou igual a 126 mg/dl em pelo menos duas amostras em dias
diferentes
- Glicemia
maior que 200 mg/dl duas horas após ingestão de 75g de glicose.
Tratamento do Diabetes Mellitus
Objetivos do Tratamento:
Os objetivos do tratamento do DM são dirigidos para se obter
uma glicemia normal tanto em jejum quanto no período pós-prandial, e controlar
as alterações metabólicas associadas. O tratamento do paciente com DM envolve
sempre pelos menos 4 aspectos importantes:
1)
Plano
alimentar: É o ponto fundamental do tratamento de qualquer tipo de paciente
diabético. O objetivo geral é o de auxiliar o indivíduo a fazer mudanças em
seus hábitos alimentares, permitindo um controle metabólico adequado. Além
disso, o tratamento nutricional deve contribuir para a normalização da
glicemia, diminuir os fatores de risco cardiovascular, fornecer as calorias
suficientes para manutenção de um peso saudável, prevenir as complicações
agudas e crônicas e promover a saúde geral do paciente. Para atender esses
objetivos a dieta deveria ser equilibrada como qualquer dieta de uma pessoa
saudável normal, sendo individualizada de acordo com as particularidades de
cada paciente incluindo idade, sexo, situação funcional, atividade física,
doenças associadas e situação socioeconômico-cultural.
Composição do plano alimentar
A composição da dieta deve incluir 50 a 60% de carboidratos,
30% de gorduras e 10 a 15% de proteínas. Os carboidratos devem ser
preferencialmente complexos e ingeridos em 5 a 6 porções por dia. As gorduras
devem incluir no máximo 10% de gorduras saturadas, o que significa que devem
ser evitadas carnes gordas, embutidos, frituras, laticínios integrais, molhos e
cremes ricos em gorduras e alimentos refogados ou temperados com excesso de
óleo. As proteínas devem corresponder a 0,8 a 1,0 g/kg de peso ideal por dia, o
que corresponde em geral a 2 porções de carne ao dia. Além disso, a alimentação
deve ser rica em fibras, vitaminas e sais minerais, o que é obtido pelo consumo
de 2 a 4 porções de frutas, 3 a 5 porções de hortaliças, e dando preferência a
alimentos integrais. O uso habitual de bebidas alcoólicas não é recomendável,
principalmente em pacientes obesos, com aumento de triglicerídeos e com mau
controle metabólico. Em geral podem ser consumidos uma a duas vezes por semana,
dois copos de vinho, uma lata de cerveja ou 40 ml de uísque, acompanhados de
algum alimento, uma vez que o álcool pode induzir a queda de açúcar
(hipoglicemia).
2)
Atividade
física: Todos os pacientes devem ser incentivados à pratica regular de
atividade física, que pode ser uma caminhada de 30 a 40 minutos ou exercícios
equivalentes. A orientação para o início de atividade física deve incluir uma
avaliação médica adequada no sentido de avaliar a presença de neuropatias ou de
alterações cardiocirculatórias que possam contraindicar a atividade física ou
provocar riscos adicionais ao paciente.
3)
Medicamentos,
Hipoglicemiantes orais: São medicamentos úteis para o controle de pacientes
com DM tipo II, estando contraindicados nos pacientes com DM tipo I. Em
pacientes obesos e hiperglicêmicos, em geral a medicação inicial pode ser a
metformina, as sultoniluréias ou as tiazolidinedionas. A insulina é a medicação
primordial para pacientes com DM tipo I, sendo também muito importante para os
pacientes com DM tipo II que não responderam ao tratamento com hipoglicemiantes
orais.
As insulinas
Conceito: Insulina
é um hormônio produzido pelo pâncreas, que permite a entrada de glicose nas
células para ser transformada em energia. Pessoas com diabetes podem precisar
de injeções de insulina por diferentes motivos: não produzirem insulina
suficiente, não conseguirem usá-la adequadamente ou ambos os casos.
4)
Rastreamento: O rastreamento, a detecção e o tratamento das
complicações crônicas do DM devem ser sempre realizados conforme diversas
recomendações. Essa abordagem está indicada após 5 anos do diagnóstico de DM
tipo I, no momento do diagnóstico do DM tipo II, e a seguir anualmente. Esta
investigação inclui o exame de fundo de olho com pupila dilatada, a
microalbuminúria de 24 horas ou em amostra, a creatinina sérica e o teste de
esforço. Uma adequada analise do perfil lipídico, a pesquisa da sensibilidade
profunda dos pés deve ser realizada com mofilamento ou diapasão, e um exame
completo dos pulsos periféricos devem ser realizados em cada consulta do
paciente. Uma vez detectadas as complicações existem tratamentos específicos,
os quais serão mais bem detalhados em outros artigos desse site.
Complicações do Diabetes Mellitus
·
Cetoacidose
diabética (no DM tipo I): Quando há falta de insulina e o corpo não
consegue usar a glicose como fonte de energia, as células utilizam outras vias
para manter seu funcionamento. Uma das alternativas encontradas é utilizar os
estoques de gordura para obter a energia que lhes falta. Entretanto, o
resultado final desse processo leva ao acúmulo dos chamados corpos cetônico,
substâncias que deixam o sangue ácido, ou seja, com o pH mais baixo do
que o normal. Essa acidez é extremamente desfavorável para o organismo, porque a maioria das reações químicas que acontecem a
cada segundo em nossas células depende de uma faixa muito estreita de pH. Isso
significa que o grau de acidez não pode variar muito.
·
Coma
hiperosmolar hiperglicêmico(no DM tipo
II): é uma complicação da diabetes mellitus predominantemente do tipo 2, na
qual o elevado nível de açúcar no sangue causa desidratação acentuada, o
aumento da osmolaridade e risco elevado de complicações, coma e morte.
·
Sintomas
visuais: O paciente com DM descompensado apresenta visão borrada e
dificuldade de refração. As complicações em longo prazo envolvem diminuição da
acuidade visual e visão turva que podem estar associadas à catarata ou a
alterações retinianas denominadas retinopatia diabética. A retinopatia
diabética pode levar ao envolvimento importante da retina causando inclusive
descolamento de retina, hemorragia vítrea e cegueira.
·
Sintomas
cardíacos: Pacientes diabéticos apresentam uma maior prevalência de
hipertensão arterial, obesidade e alterações de gorduras. Por estes motivos e,
principalmente se houver tabagismo associado, pode ocorrer doença cardíaca. A
doença cardíaca pode envolver as coronárias, o músculo cardíaco e o sistema de
condução dos estímulos elétricos do coração. Como o paciente apresenta em geral
também algum grau de alteração dos nervos do coração, as alterações cardíacas
podem não provocar nenhum sintoma, sendo descobertas apenas na presença de
sintomas mais graves como o infarto do miocárdio, a insuficiência cardíaca e as
arritmias.
·
Sintomas
circulatórios: Os mesmos fatores que se associam a outras complicações
tornam mais frequentes as alterações circulatórias que se manifestam por
arteriosclerose de diversos vasos sanguíneos. São frequentes as complicações
que obstruem vasos importantes como as carótidas, a aorta, as artérias ilíacas,
e diversas outras de extremidades. Essas alterações são particularmente
importantes nos membros inferiores (pernas e pés), levando a um conjunto de
alterações que compõem o "pé diabético". O "pé diabético"
envolve, além das alterações circulatórias, os nervos periféricos (neuropatia
periférica), infecções fúngicas e bacterianas e úlceras de pressão. Estas
alterações podem levar a amputação de membros inferiores, com grave
comprometimento da qualidade de vida.
·
Sintomas
digestivos: Pacientes diabéticos podem apresentar comprometimento da
inervação do tubo digestivo, com diminuição de sua movimentação, principalmente
em nível de estômago e intestino grosso. Estas alterações podem provocar
sintomas de distensão abdominal e vômitos com resíduos alimentares e diarreia.
A diarreia é caracteristicamente noturna, e ocorre sem dor abdominal
significativa, frequentemente associado com incapacidade para reter as fezes
(incontinência fecal).
·
Sintomas
renais: O envolvimento dos rins no paciente diabético evolui lentamente e
sem provocar sintomas. Os sintomas quando ocorrem em geral já significam uma
perda de função renal significativa. Esses sintomas são: edema de membros
inferiores, aumento da pressão arterial, anemia e proteinúria.
·
Sintomas
urinários: Pacientes diabéticos podem apresentar dificuldade para
esvaziamento da bexiga em decorrência da perda de sua inervação (bexiga
neurogênica). Essa alteração pode provocar perda de função renal e funcionar
como fator de manutenção de infecção urinária. No homem, essa alteração pode se
associar com dificuldades de ereção e impotência sexual, além de piorar
sintomas relacionados com aumento de volume da próstata.
·
Sintomas
neurológicos: O envolvimento de nervos no paciente diabético pode provocar
neurites agudas (paralisias agudas) nos nervos da face, dos olhos e das
extremidades. Podem ocorrer também neurites crônicas que afetam os nervos dos
membros superiores e inferiores, causando perda progressiva da sensibilidade
vibratória, dolorosa, ao calor e ao toque. Essas alterações são o principal
fator para o surgimento de modificações na posição articular e de pele que
surgem na planta dos pés, podendo levar a formação de úlceras ("mal perfurante
plantar"). Os sinais mais característicos da presença de neuropatia são a
perda de sensibilidade em bota e luva, o surgimento de deformidades como a
perda do arco plantar e as "mãos em prece" e as queixas de
formigamentos e alternância de resfriamento e calorões nos pés e pernas,
principalmente à noite.
·
Sintomas
dermatológicos: Pacientes diabéticos apresentam uma sensibilidade maior
para infecções fúngicas de pele (tinea corporis, intertrigo) e de unhas
(onicomicose). Nas regiões afetadas por neuropatia, ocorrem formações de placas
de pele engrossada denominadas hiperceratoses, que podem ser a manifestação
inicial do mal perfurante plantar.
·
Sintomas
ortopédicos: A perda de sensibilidade nas extremidades leva a uma série de
deformidades como os pés planos, os dedos em garra, e a degeneração das
articulações dos tornozelos ou joelhos ("Junta de Charcot").
Assistência de Enfermagem ao Paciente/Cliente com Diabetes Mellitus
Cuidados com o Peso e alimentação
·
Estimular exercícios físicos e a perda de peso;
·
Dieta hipossódica e aumento da ingestão de
potássio e cálcio;
·
Dieta hipossódica e aumento da ingestão de
potássio e cálcio;
Cuidados com a higiene oral:
·
Avaliar diariamente a mucosa oral;
·
Instruir o paciente a relatar a queimação oral,
dor, áreas de rubor, lesões abertas nos lábios, dor ao deglutir; realizar a
higiene oral após as refeições;
·
Visitar o dentista regularmente;
·
Visitar o dentista regularmente;
·
Visitar o dentista regularmente;
·
Visitar o dentista regularmente;
Cuidados com os pés:
·
Usar calçados e meias que se adaptem bem e não
sejam apertados comprimento e largura suficientes, macios confortáveis e com
salto baixo;
·
Banhar diariamente os pés em água morna nunca
quente;
·
Massagear os pés com agente absorvível;
·
Evitar a umidade entre os artelhos, para evitar
a maceração da pele;
·
Evitar calor substância químicas e lesões nos
pés;
·
Não andar descalço ou expor os pés a bolsas de
água quente almofadas térmicas, soluções causticas;
·
Inspecionar a parte interna dos calçados para
objetos estranhos ou áreas de aspereza;
·
Orientação para os cuidados com os pés
diabéticos;
·
Inspecionar cuidadosamente os pés para calos,
bolhas, abrasões, rubor e anormalidades das unhas todos os dias;
·
Evitar queimaduras, ferimentos e frio excessivo;
·
Tratar ferimentos assepticamente imediatamente;
·
Evitar infecções;
·
Evitar fricção vigorosa;
·
Usar loções hidratantes na pele;
·
Cortar e limpar as unhas;
Cuidados na Administração de Insulina:
Tipos de insulina:
- Insulina
regular: É uma
insulina rápida e tem coloração transparente. Após ser aplicada, seu
início de ação acontece entre meia e uma hora, e seu efeito máximo se dá
entre duas a três horas após a aplicação.
- Insulina
NPH: É uma insulina
intermediária e tem coloração leitosa. A sigla NPH que dizer Neutral
Protamine Hagedorn, sendo Hagedorn o sobrenome de um dos seus criadores e
Protamina o nome da substância que é adicionada à insulina para retardar
seu tempo de ação. Após ser aplicada, seu início de ação acontece entre
duas e quatro horas, seu efeito máximo se dá entre quatro a 10 horas e a
sua duração é de 10 a 18 horas
- Análogo
de insulina: Moléculas modificadas da insulina que o nosso corpo
naturalmente produz, e podem ter ação ultrarrápida ou ação lenta. Existem
alguns tipos de análogos ultrarrápidos disponíveis no mercado brasileiro,
são eles: Asparte, Lispro e Glulisina. Após ser aplicado, seu início de
ação acontece de cinco a 15 minutos e seu efeito máximo se dá entre meia e
duas horas. São encontrados também dois tipos de ação longa: Glargina e
Detemir. A insulina análoga Glargina tem um início de ação entre duas a
quatro horas após ser aplicada, não apresenta pico de ação máxima e funciona
por 20 a 24 horas. Já o análogo Detemir tem um início de ação entre uma a
três horas, pico de ação entre seis a oito horas e duração de 18 a 22
horas.
- Pré-mistura: Consiste de preparados
especiais que combinam diferentes tipos de insulina em várias proporções.
Podem ser 90:10, ou seja 90% de insulina lenta ou intermediária e 10% de
insulina rápida ou ultrarrápida. Eles também pode ter outras proporções,
como 50:50 e 70:30.
Aplicação da insulina
A insulina deve ser aplicada diretamente no tecido
subcutâneo (camada de células de gordura), logo abaixo da pele. A espessura da
pele gira em torno de 1,9 a 2,4 milímetros (mm) nos locais de aplicação da
insulina. As agulhas utilizadas podem ter 4, 5, 6 ou, no máximo, 8 mm. O ângulo
de aplicação varia em função da quantidade de gordura da área de aplicação do
paciente com diabetes. Por exemplo, no caso de uma pessoa magra e com pouca
gordura na região de aplicação, corre-se maior risco de atingir os músculos
quando se utiliza agulha mais longa e ângulo de aplicação de 90° em relação à superfície
da pele. Nesses casos, pode-se optar por uma agulha mais curta, fazer uma prega
cutânea (de pele) e aplicar em ângulo de 45°. Lembrando que a prega na pele
para quem tem diabetes é utilizada a fim de evitar que a agulha atinja os
músculos que se situam logo abaixo do tecido adiposo, pois nesse local a
insulina pode ser absorvida mais rapidamente. Deve haver um rodízio entre os
locais de aplicação, pois essa conduta diminui o risco de complicações na
região da aplicação, tal como a hipertrofia (pontos endurecidos abaixo da pele)
ou atrofia (depressões no relevo da pele ocasionado por perda de gordura). O
ideal é aguardar 20 a 30 dias para voltar a aplicar no mesmo ponto. A distância
entre dois pontos de aplicação deve ser de mais ou menos três centímetros (dois
dedos). No abdome, as insulinas podem ser absorvidas de forma mais rápida do
que nos braços e coxas. A escolha das agulhas pode seguir as seguintes
recomendações:
Para os adultos
- Agulhas com 4, 5 ou 6 mm
podem ser usadas por adultos obesos e não obesos e, geralmente, não
requerem a realização de prega cutânea, especialmente para as agulhas de 4
mm.
- Em geral, quando são
usadas agulhas curtas (4, 5 ou 6 mm), as aplicações deveriam ser feitas em
ângulo 90°. Contudo, quando a aplicação for realizada nos membros ou em
abdomes magros, uma prega cutânea pode ser feita para garantir que não
haja injeção intramuscular, mesmo com agulhas de 4 e 5 mm. Neste caso, as
injeções com agulha de 6 mm só deveriam ser usadas com a realização de uma
prega cutânea ou em ângulo de 45°.
- Não há razão médica para
usar agulhas mais longas do que 8 mm.
Para as criança e
crianças e os adolescentes
- Agulhas com 4, 5 ou 6 mm
podem ser utilizadas. Não há razão médica para usar agulhas mais longas.
- Crianças e adolescentes
com diabetes magros e aqueles que injetam em braços e pernas podem
precisar fazer uma prega cutânea, especialmente quando são usadas agulhas
de 5 ou 6 mm. Quando for usada uma agulha de 6 mm, a aplicação com ângulo
de 45º pode ser realizada no lugar da prega cutânea.
- Para a maioria das
crianças, exceto aquelas muito magras, uma agulha de 4 mm pode ser
inserida a 90º sem necessidade de prega cutânea. Se apenas uma agulha de 8
mm estiver disponível (que pode acontecer com usuários de seringas),
realizar a prega cutânea e, além disso, inserir a agulha em ângulo de 45º.
Para as gestantes
- O aparecimento de equimoses
(manchas roxas) é comum no local de aplicação de insulina.
- As agulhas curtas (4, 5
ou 6 mm) podem ser usadas pelas gestantes.
- Quando apenas uma agulha
de 8 mm estiver disponível, a região do abdome deve ser evitada e a
aplicação realizada com a prega cutânea e em ângulo de 45°.
- É prudente realizar a
prega cutânea em todos os locais de aplicação.
- Para evitar
complicações, recomenda-se evitar a aplicação de insulina na região
abdominal, especialmente ao redor do umbigo, no último trimestre da
gestação. Recomenda-se a aplicação de insulina na região glútea (nádegas)
para as gestantes magras. A região dos flancos do abdome pode ser usada,
também, desde que se faça a prega cutânea.
Os melhores locais
para a aplicação de insulina são:
- Abdome (barriga)
- Coxa (frente e lateral
externa)
- Braço (parte posterior
do terço superior)
- Região da cintura
- Glúteo (parte superior e
lateral das nádegas).
Passo-a-passo no
momento de aplicação da insulina:
- Separe todo do material:
insulinas prescritas, seringa, agulha, algodão e álcool;
- Lave bem as mãos com
água e sabão;
- Em seguida, limpe os
locais de aplicação com algodão embebido em álcool. O ideal é utilizar uma
nova seringa e agulha em cada aplicação;
- As insulinas NPH e as
pré-misturas devem ser suavemente misturadas, rolando o frasco entre as
mãos aproximadamente 20 vezes, sem agitar o frasco, até o líquido ficar
leitoso e homogêneo. Esse procedimento não é necessário para as insulinas
transparentes
- Limpe a tampa de
borracha da parte superior dos frascos com algodão embebido em álcool em
um sentido único;
- Aspire uma quantidade de
ar para dentro da seringa igual aquela prescrita mantendo a agulha tampada
com a sua capa de plástico;
- Retire a capa da agulha
e apoie o frasco em uma superfície plana. Introduza a agulha através da
tampa de borracha do frasco de insulina e injete o ar que está dentro da
seringa para dentro do frasco;
- Vire o frasco de cabeça
para baixo e aspire a quantidade de insulina prescrita. Se houver bolhas
na seringa, injetar a insulina de volta no frasco e repetir o procedimento.
- Retire a agulha do
frasco;
- Limpe o local escolhido
passando o algodão embebido em álcool sobre a pele sempre em um único
sentido. Após passar o álcool, não aplicar a insulina até que a pele
esteja completamente seca;
- Com a seringa entre os
dedos, como se fosse uma caneta, deve-se fazer um movimento rápido em
direção à pele (movimento de arremesso de um dardo) em ângulo de 90º ou
45º conforme orientado. Fazer a prega cutânea quando necessário. Já a
injeção da insulina deve ser feita de maneira lenta. Aplicar a insulina na
temperatura ambiente ajuda a reduzir a dor durante a aplicação. O ideal é
retirar o frasco de insulina da geladeira 15 minutos antes da aplicação;
- Retire a agulha da pele
e pressione o local suavemente com um algodão seco. Não se deve fazer
massagem na região de aplicação, pois isso pode aumentar o fluxo sanguíneo
e alterar a absorção da insulina. Tampe imediatamente a agulha com a capa
para evitar contaminação a acidentes;
- O uso das canetas deve
ser realizado de acordo com as instruções do fabricante de cada uma delas.
Seu uso deve ser restrito a apenas um paciente. As agulhas devem ser
imediatamente desconectadas da caneta e descartadas após a aplicação e
usadas apenas uma vez para evitar contaminação e infecção. Após a
aplicação da insulina, conte até 10 (dez segundos) para retirar da agulha.
Quando forem aplicadas doses maiores, pode ser necessário contar até 20
segundos, a fim de evitar que parte da insulina volte para a superfície da
pele quando a agulha for retirada. Essa contagem não é necessária para
aplicação com seringas.
- A insulina regular deve
ser aplicada preferencialmente no abdômen para aumentar a taxa de
absorção, enquanto a NPH deve ser aplicada, preferencialmente, nas coxas
ou nas nádegas, para retardar a absorção e reduzir o risco de hipoglicemia.
O aparecimento de equimoses (manchas roxas) é comum no local de aplicação
de insulina. Elas são decorrentes do extravasamento de sangue quando vasos
sanguíneos são perfurados pela agulha.
Outros cuidados e orientações gerais:
·
Fornecer instruções por escrito sobre o cuidado
com os pés, e programas de exercício.
·
Auxiliar para garantir que as roupas estejam
adequadamente ajustadas;
·
Encorajar a ingesta adequada de proteínas e
calorias;
·
Encorajar a participação nos programas de
exercícios planejados;
·
Atenção especial quanto à higiene pessoal;
·
Reorganizar os hábitos alimentares;
·
Tratar fatores de risco cardiovascular;
·
Avaliar o nível de conhecimento a doença e capacidade
de cuidar de si próprio;
·
Evitar o consumo de bebidas alcóolicas;
·
Evitar
saunas e escalda pés: O diabetes afeta a microcirculação, lesionando as
pequenas artérias (arteríolas) que nutrem os tecidos, que atingem especialmente
as pernas e os pés. Em função desta alteração circulatória, os riscos de
exposição às altas temperaturas e aos choques térmicos podem agravar ou
desencadear quadros de angiopatias e outros problemas cardíacos. Além disso, o
diabetes afeta a sensibilidade dos pés, e a pessoa pode não perceber a água
muito quente ao fazer escalda pés.
·
Aumentar
os cuidados com os olhos: As células da córnea do paciente com diabetes não
têm a aderência que se encontra na maioria daqueles que não tem diabetes. Essa
fragilidade é a porta de entrada para uma série de infecções oportunistas e
doenças como catarata e glaucoma.
·
Controlar
o estresse: Pessoas com diabetes têm
maiores chances de ter ansiedade e depressão. Os pacientes podem sentir uma
sensação de ansiedade em relação ao controle da hipoglicemia, da aplicação de
insulina, ou com o ganho de peso.
·
Abolir o
fumo: Diabetes e cigarro multiplicam em até cinco vezes o risco de infarto.
As substâncias presentes no cigarro ajudam a criar acúmulos de gordura nas
artérias, bloqueando a circulação. Consequentemente, o fluxo sanguíneo fica mais
e mais lento, até o momento em que a artéria entope. Além disso, fumar também
contribui para a hipertensão no paciente com diabetes.
·
Orientar
os cuidados com a saúde bucal: A higiene bucal após cada refeição para o
paciente com diabetes é fundamental. Isso porque o sangue dos portadores de diabetes,
com alta concentração de glicose, é mais propício ao desenvolvimento de
bactérias. Por ser uma via de entrada de alimentos, a boca acaba também recebe
diversos corpos estranhos que, somados ao acúmulo de restos de comida,
favorecem a proliferação de bactérias. Realizar uma boa escovação e ir ao
dentista uma vez a cada seis meses é essencial.
·
Avaliar a
adesão à terapia dietética, procedimento de monitoração, tratamento medicamentoso
e regime de exercícios;
·
Avaliar
para sinais de hiperglicemia: Poliúria, Polidipsia, Polifagia, perda de
peso, fadiga, turvação visual;
·
Avaliar
para sinais de hipoglicemia; sudorese, tremor, nervosismo, taquicardia,
tonteira, confusão;
·
Realizar a avaliação completa da pele e dos
membros para neuropatia periférica ou doença vascular periférica e qualquer
lesão nos pés ou membros inferiores;
·
Avaliar para as tendências na glicemia e outros
resultados laboratoriais;
·
Garantir que a dose apropriada de insulina seja
administrada no horário correto e em relação às refeições e exercícios;
·
Garantir o conhecimento adequado da dieta,
exercícios e tratamento medicamentoso;
·
Comunicar o médico imediatamente qualquer sinal de infecção
cutânea ou dos tecidos moles: rubor, edema, calor, hipersensibilidade, secreção;
·
Procurar ajuda imediatamente, se os sinais de
hiperglicemia não respondem a reposição habitual de glicemia;
·
Obter imediato auxílio para o paciente que se
apresenta com sinais de cetoacidose náusea e vomito respiração de kussmaul,
hálito cetônico, hipotensão e nível de consciência alterado, náuseas e vômitos,
hipotermia, fraqueza muscular, convulsões, torpor e coma.
·
Exercícios físicos (caminhadas, jogos de quadra
em espaço próprio);
·
Informar sobre os danos causados pelo consumo de
bebidas alcoólicas e tabaco;
Medidas de Prevenção do Diabetes
Embora o Diabetes não tenha cura, um bom controlo da
glicemia vai permitir que o paciente tenha uma vida perfeitamente normal e
saudável.
A prevenção e o controlo do Diabetes envolvem cinco pontos
importantes:
I.
Conhecer bem a Diabetes,
II.
Adotar uma alimentação saudável e equilibrada,
III.
Praticar exercício físico de forma regular,
IV.
Controlar periodicamente os níveis de glicemia
no sangue;
V.
Tomar a
medicação quando prescrita pelo médico.
É importante que o diabético conheça bem o seu tipo de
Diabetes, só dessa forma pode cumprir e melhorar o tratamento.
A forma como lida com a sua doença será o principal fator de
sucesso no seu tratamento.
https://www.youtube.com/watch?v=GOo6nGSkcwU
Referências:
Links:
Dica de leitura:
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_36.pdf http://www.saudedireta.com.br/docsupload/134019299502.pdf
Assista também:
Flores de Aço(1989)
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