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quarta-feira, 20 de abril de 2016

MEDICAÇÃO VIA INTRADÉRMICA

FINALIDADE:
Administração de soluções com absorção lenta e, fins diagnóstico.

INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:
Indicação: diagnosticar reações de hipersensibilidade (provas de PPD para TB), sensibilidade de algumas alergias, dessensibilização e vacina.
Contraindicação: presença de lesões nos locais de aplicação.

RESPONSABILIDADE:
Enfermeiro e Auxiliar de Enfermagem.

RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:
  • Aparecimento de edema, rubor e dor;
  • Lesão da derme, se técnica incorreta.

MATERIAL: 
  • Bandeja, 
  • seringa de 1 ml, 
  • agulha para aspirar 25X7, ou 25X8, 13x4.5, 
  • bolas de algodão medicamento prescrito,
  • luvas de procedimento, 
  • álcool a 70%.
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
Ação de Enfermagem
Justificativa
01- Conferir a prescrição  e reunir o material necessário;

01- Evitar erros e facilitar a organização e o controle eficiente do tempo;  

02- Higienizar as mãos;


02-Reduzir transmissão de microrganismos;

03-Desinfetar as tampas e ampolas com álcool 70%;

03-Remover sujidades/microrganismos ;

04- Aspirar o medicamento utilizando agulha de 25x7 e seringa de 1 ml, sem deixar ar no interior;


05- Trocar a agulha por outra de 13x4,5;


06-Levar a bandeja com o material para o quarto do paciente;


07-Explicar o procedimento ao paciente;

07-Reduzir ansiedade e propiciar cooperação;

08-Colocar o paciente na posição mais adequada;


09-Higienizar as mãos e calçar luvas de procedimento;

09- Reduzir a transmissão de microrganismos  e  proporcionar barreira física  entre as mãos e os   fluidos corporais;

10- Ao mesmo tempo em que apoia o antebraço do cliente com sua mão, estique a pele com o polegar e indicador;


11-Introduzir a agulha (somente o bisel apontado para cima) fazendo um ângulo de 15 graus, quase  paralelamente à superfície da pele, com um  movimento delicado, porém firme; jamais aspirar;



12- Injetar lentamente o  medicamento prescrito, e observar a formação de pápula; 


13- Retirar a agulha com um único movimento, rápido e firme;


14-Não friccione nem massageie o local da pápula e oriente o paciente a não coçar nem esfregar o local

14-Evitar causar irritação no tecido subjacente e comprometer a absorção;


15- Recolher o material;

15-Manter o ambiente em ordem;


16- Retirar as luvas e higienizar as mãos;

16-Reduzir transmissão de microrganismos;

17- Checar o procedimento;

17- Informar que a ação foi realizada;

18-Realizar as anotações de enfermagem no prontuário.
18-
                Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento; 
        Artigos 71 e 72 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Responsabilidades e Deveres).


RECOMENDAÇÕES:
·         Para testes de alergias e reações de hiperssenbilidade, o local utilizado é face ventral do antebraço (por ser pobre em pelos e local da pele mais claro).
·         Vacina BCG – inserção inferior do músculo deltoide do braço direito.
·         Agulha 13 X 4,5 ou 13 X 3,8
·         Grupo etário: qualquer idade
·         Áreas de aplicação: face ventral do antebraço e  área escapular
·         Administre um volume máximo de 0,5 ml.
·         As seringas de aplicação têm capacidade para 1 ml e apresentam graduações em decimais ou centesimais.
https://www.youtube.com/watch?v=B4FrZ2hGqS8

REFERÊNCIAS:
1.    ARCHER, Elizabeth et al. Procedimentos e protocolos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
2.   CARMAGNANI, M. I. S. et al. Procedimentos de enfermagem: guia prático. Rio de janeiro: Guanabara Koogan,
       2009.
3.    KAWAMOTO, Emilia E.; FORTES, Julia I.; Fundamentos de Enfermagem. 2. ed. São Paulo: EPU, 2005.
4.    MANUAL de procedimentos de enfermagem. São Paulo, 2005. Disponível em: <http://www.unifesp.br/spdm/manual_hosp/arquivos/manuais/>. Acesso em: 6 out. 2009.
 5.    SWEARINGEN, Pamela L. Atlas fotográfico de procedimentos de enfermagem. 3 ed. Porto Alegre, Artmed,   2001.
 6.    TAYLOR, Carol et. al. Fundamentos de enfermagem. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
 7.    TIMBY, Bárbara K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 8  ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.



terça-feira, 19 de abril de 2016

CURATIVO DE INSERÇÃO DE CATETER VENOSO CENTRAL

FINALIDADE:
Prevenção de infecções e saída acidental.


RESPONSABILIDADE:
Enfermeiro.


RISCO / PONTOS CRÍTICOS:
  •      Tração acidental do cateter;
  •  Contaminação na execução do procedimento;
  •   Perda da permeabilidade do cateter por dobra.

MATERIAL:
  • Bandeja,
  •  pacote de curativo,
  • gazes,
  •   clorexidina alcoólica 0,5%, álcool 70% ou  PVPI tópico,
  •  luva de procedimento,
  • máscara,
  •  película transparente,
  •   adesivo hipoalergênico
  •  luvas estéreis(se necessário).

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
Ação de Enfermagem
Justificativa
01- Conferir a prescrição e reunir o material necessário;

01-Evitar erros e facilitar a organização e o controle eficiente do tempo;           

02- Orientar o paciente e a família sobre o procedimento;

02-Reduzir ansiedade e propiciar cooperação;

03- Colocar máscara;

03-Proteger o trabalhador durante o exercício de suas Atividades e reduzir transmissão de microrganismos;

04- Posicionar o paciente em decúbito dorsal horizontal com o rosto voltado para o lado oposto ao que está o  cateter;


05- Higienização das mãos e colocar luvas de procedimento;

05-Reduzir transmissão de microorganismo e
      proporcionar barreira física entre as mãos e fluidos corporais;

06- Abrir o pacote de curativo;


07- Retirar curativo anterior, com pinça dente de rato ou   com as mãos enluvadas, de  forma cautelosa, fazer expressão na inserção;

07- Para não lesionar a pele ou exteriorizar o cateter e averiguar  possíveis sítios infecciosos;

08- Umedecer a  gaze com solução antisséptica e, com o auxílio de pinça aplicá-la na área mais próxima
      do cateter em movimentos circulares no sentido de
      dentro para fora (repetir o procedimento pelo menos três vezes);

08-Evitar transferência de microrganismos de volta à área limpa;

09- Proteger a inserção do cateter com gaze estéril;


10- Com auxílio de uma pinça, umedecer gaze em solução antisséptica e aplicar na pele ao redor do cateter a partir da  periferia da área anteriormente tratada. Executar movimentos circulares cada vez mais amplos, sem
 nunca retornar com a mesma gaze ao local já aplicado.
      Limpar uma área de aproximadamente 10 cm de diâmetro.Repetir o procedimento pelo menos três vezes;


11- Com uma gaze embebida de solução antisséptica, limpar toda a extensão do cateter, com movimentos da proximal para distal, repetindo o movimento se necessário;


12- Depois que a solução secou, cubra o local com um curativo de gaze ou semipermeável transparente. Anote data e hora do curativo;


13- Retirar o material e levar ao expurgo;


14- Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos;

14-Reduzir transmissão de microrganismo;

15- Checar o procedimento;

15- Informar que a ação foi realizada;

16-Realizar as anotações de enfermagem no prontuário.
16-Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento;
Artigos 71 e 72 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Responsabilidades e Deveres).

RECOMENDAÇÕES:
  • Utilizar SF 0,9% para limpeza local, quando houver lesão de pele.
  • A inspeção e expressão da inserção do cateter deve ser feita diariamente, atentando-se para o aspecto da pele ao redor, pois algumas vezes pode apresentar-se alterada (hiperemia ou lesão) devido a processos alérgicos ou trocas frequentes de curativos.
  • Nas primeiras 24 horas, o curativo deverá ser realizado com gaze e adesivo.
  • Não utilizar película se houver exudato no ponto de inserção, neste caso, realizar curativo com gaze e adesivo.
  • A retirada do curativo anterior deve ocorrer de maneira cautelosa, a fim de não lesar a pele e não exteriorizar o cateter.
  • O cateter deve estar afixado com pontos e coberto com um pequeno curativo, sem muito micropore ou esparadrapo, para evitar contaminação.
  • O curativo deve ser trocado sempre que houver sinais de umidade ou presença de sujidade.

-REFERÊNCIAS:
1.     ARCHER, Elizabeth et al. Procedimentos e protocolos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
2.     CARMAGNANI, M. I. S. et al. Procedimentos de enfermagem: guia prático. Rio de janeiro: Guanabara Koogan,
       2009.
3.     KAWAMOTO, Emilia E.; FORTES, Julia I.; Fundamentos de Enfermagem. 2. ed. São Paulo: EPU, 2005.
4.     MANUAL de procedimentos de enfermagem. São Paulo, 2005. Disponível em: <http://www.unifesp.br/spdm/manual_hosp/arquivos/manuais/>. Acesso em: 6 out. 2009.
5.     SANTOS, A. E.; SIQUEIRA, I. L. C. P.; SILVA, C. S. Procedimentos especializados. São Paulo: Atheneu, 2009.   (Série boas práticas de enfermagem em adultos).

  6.     SWEARINGEN, Pamela L. Atlas fotográfico de procedimentos de enfermagem. 3 ed. Porto Alegre, Artmed,  2001.

domingo, 3 de abril de 2016

ANEMIA FALCIFORME

CONCEITO


A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, incurável e com alta morbimortalidade. Predominante em negros, mas que pode manifestar-se também em pardos e brancos devido a miscigenação. A característica principal da Anemia Falciforme é a deformação que causa na membrana dos glóbulos vermelhos do sangue.A doença é causada por uma alteração do cromossomo 11.

UM POUCO DE GENÉTICA

O cromossomo é uma sequência de DNA composto por vários genes que determinam as nossas características. O ser humano possui 46 cromossomos, 23 de cada um dos pais. Por exemplo, a cor dos nossos cabelos é o resultado entre a combinação do gene para cor de cabelo do pai e da mãe.
O gene que determina a característica das nossas hemácias fica em uma parte do cromossomo 11. Para que haja a anemia falciforme é necessário que a mãe e o pai tenham e transmitam o gene defeituoso. Quando se recebe o gene defeituoso de um dos pais, chamamos essa pessoa de portadora de traço falciforme. É um carreador assintomático do gene. Se essa pessoa tiver filhos com alguém que tenha a doença ou com outro carreador assintomático, o filho pode ter anemia falciforme.

OS GLÓBULOS VERMELHOS

O nosso sangue é formado por milhões de células vermelhas chamadas hemácias, também conhecidas por glóbulos vermelhos. As hemácias são arredondadas, achatadas e elásticas e possuem um pigmento denominado hemoglobina, que confere a coloração vermelha ao sangue. A hemoglobina é responsável por levar o oxigênio dos pulmões para todo o corpo através da corrente sanguínea, para que todos os órgãos funcionem normalmente. Devido sua forma arredondadas e elásticas elas passam facilmente por todos os vasos sanguíneos do corpo, mesmo os mais finos.
A maioria das pessoas recebe dos pais os genes para hemoglobina chamada A (Hb A).. Assim, estas pessoas como recebem genes maternos e paternos são denominadas “AA”.
Hemácias Normocíticas

As pessoas com Anemia Falciforme recebem dos pais genes para uma hemoglobina conhecida como hemoglobina S (Hb S), ou seja, elas são SS.
Quando diminui o oxigênio na circulação, os glóbulos vermelhos com a hemoglobina S podem ficar com a forma de meia lua ou foice, perdem a mobilidade e flexibilidade e são mais rígidos, por esse motivo têm dificuldade para passar pelos vasos sanguíneos, formando um aglomerado de glóbulos vermelhos que impede a circulação do sangue e o oxigênio para os tecidos e órgãos.

   Hemácias Falciformes

HISTÓRICO

A alteração genética que determina a doença Anemia Falciforme é decorrente de uma mutação dos genes ocorrida há milhares de anos, predominantemente, no continente africano onde houve três mutações independentes, atingindo os povos do grupo linguístico Bantu e os grupos étnicos Benin e Senegal (SERJEANT, 1998).
Vários pesquisadores associam a mutação genética como resposta do organismo à agressão sobre os glóbulos vermelhos pelo Plasmodium falcíparum, agente etiológico da malária. Esta hipótese é sustentada sob dois pontos de vista: milenarmente, a prevalência da malária é alta nestas regiões, e o fato dos portadores do traço falciforme terem adquirido certa resistência a essa doença. As pessoas com Anemia Falciforme não são resistentes a malária. Estudiosos de antropologia genética estimam que o tempo decorrido para que esta mutação se concretizasse foi de 70.000 a 150.000 anos passados, ou seja, 3.000 a 6.000 gerações (SERJEANT, 1985, 1992). Nas regiões da África, onde se deram as mutações, o gene HbS pode ser encontrado na população, em geral, em uma prevalência que varia de 30 a 40%. O fenômeno de mutação do gene HbS também ocorreu na península árabe, centro da Índia e norte da Grécia.

QUADRO CLÍNICO

Além dos sintomas comuns de qualquer outro tipo de anemia, como cansaço, palidez e sono, a anemia falciforme produz outros sintomas característicos, como:
  • Anemia, porque os glóbulos vermelhos, devido ao seu aspeto em forma de foice, "morrem" mais rapidamente, ocorrendo diminuição do transporte de oxigênio e nutrientes;
  • Cansaço e palidez por causa da redução de oxigênio e nutrientes no cérebro e no resto do corpo;
  • Dores nos ossos, músculos e articulações porque o oxigênio chega em menor quantidade;
  • Mãos e pés inchados, pois o sangue tem maior dificuldade em chegar às extremidades;
  • Infecções frequentes porque os glóbulos vermelhos podem danificar o baço, que ajuda a combater as infecções;
  • Retardo no crescimento e atraso da puberdade, pois os glóbulos vermelhos da anemia falciforme fornecem menos oxigênio e nutrientes para o corpo crescer e se desenvolver;
  • Olhos e pele amarelados devido ao fato dos glóbulos vermelhos "morrerem" mais rapidamente e, por isso, o pigmento bilirrubina se acumular no organismo causando a cor amarelada na pele e olhos
·         Problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais;

·         Priapismo:  Condição, associada ou não a um estímulo sexual, na qual o pênis ereto não retorna ao seu estado flácido habitual. Essa ereção é involuntária, duradora (cerca de 4 horas), geralmente dolorosa e potencialmente danosa, podendo levar à impotência sexual irreversível, constituindo-se numa emergência médica.

Estes sintomas aparecem, geralmente, após os 4 meses de idade. Nos casos mais graves, o paciente pode apresentar:

·         Crise aplástica: quando a medula óssea interrompe a produção de sangue, normalmente associada a alguma infecção por vírus.

·         Crise de sequestro esplênico: se caracteriza pelo armazenamento de sangue no fígado, acompanhado de dores abdominais e queda acentuada da hemoglobina.

·         Síndrome torácica aguda: o paciente apresenta falta de ar, febre e dor torácica.



DIAGNÓSTICO

A eletroforese de hemoglobina é o exame laboratorial específico para o diagnóstico da anemia falciforme, mas a presença da hemoglobina S pode ser detectada pelo teste do pezinho quando a criança nasce.

TRATAMENTO

Não há tratamento específico para a anemia falciforme, uma doença para a qual ainda não se conhece a cura. Os portadores precisam de acompanhamento médico constante (quanto mais cedo começar, melhor o prognóstico) para manter a oxigenação adequada nos tecidos e a hidratação, prevenir infecções e controlar as crises de dor.

COMPLICAÇÕES

As complicações que podem afetar os paciente com anemia falciforme podem ser:
  • Inflamação das articulações das mãos e dos pés que deixa-os inchados e muito doloridos e deformados;
  • Aumento do risco de infecções devido ao comprometimento do baço, que não irá filtrar o sangue devidamente, permitindo assim a presença de vírus e bactérias no corpo;
  • Aumento da frequência urinária, é comum a urina ser mais escura e a criança  urinar na cama até a adolescência;
  • Feridas nas pernas que são de difícil cura e que necessitam de curativos 2 vezes ao dia;
  • Comprometimento do fígado que se manifesta através de sintomas como cor amarelada nos olhos e na pele, mas que não é hepatite;
  • Cálculos biliares;
  • Diminuição da visão, cicatrizes, manchas e estrias nos olhos, em alguns casos pode levar à cegueira;
  • AVC, devido a dificuldade do sangue em irrigar o cérebro.
As transfusões de sangue também podem fazer parte do tratamento, para aumentar o número de glóbulos vermelhos na circulação, sendo que apenas o transplante de medula óssea oferece a única cura potencial para a anemia falciforme, porém pode ser difícil encontrar um doador.

ALIMENTAÇÃO

Por falta de conhecimento da população, a anemia falciforme é comumente confundida com anemia tradicional, que ocorre pela falta de ferro no organismo e leva alguns portadores a adotarem uma alimentação inadequada.
Para que o portador da doença falciforme tenha uma alimentação correta e evite pioras, principalmente nas crises de dores, é importante que eles sejam orientados  a não comer alimentos ricos em ferro (feijão, lentilha, grão de bico, ervilha, jaca, banana, quiabo, etc.) junto com fontes de vitamina C (laranja, lima, tangerina, caju, limão e acerola). “A vitamina C aumenta a absorção do ferro pelo organismo e isso é prejudicial para o falcêmico, pois acelera a hemólise (a quebra da hemácia) e piora as dores, já que a carcaça destas hemácias fica na circulação sanguínea e obstrui as veias”.
A restrição deverá  acontecer principalmente com o ferro de alimentos de origem vegetal. “Para as fontes animais, como a carne vermelha, a branca e o fígado, o perigo é menor, pois são fontes do chamado ferro heme, e não são bem absorvidas pelo organismo do falcêmico”.
Os portadores da anemia falciforme também devem dar preferência a alimentos ricos em ácido fólico, presente nos vegetais verde escuros, como a couve e o pimentão e, se possível, tomar suplementos desta substância diariamente. “O ácido fólico é importante, pois aumenta a atividade da medula óssea, responsável por fabricar novas hemácias”.
Ingerir bastante líquido, uma média de oito copos por dia, e evitar alimentos que provoquem desidratação, como excesso de sal e café (que é diurético), ajuda a melhorar a circulação sanguínea e evitar crises de dor. “Hidratação é sempre importante, deve se ter cuidado com perda de líquido. O paciente deve estar sempre se hidratando, ingerindo líquidos”.
Pessoas com anemia falciforme devem seguir uma alimentação saudável e com cuidados específicos, com auxilio de nutricionistas.
Também recomenda-se que realize uma atividade física para estar sempre saudável. Entretanto, exercícios que exigem demais do físico devem ser evitados. Lembrando que, ao fazer os exercícios, deve-se beber bastante líquido, para evitar a desidratação. A água é o elemento principal para o bom funcionamento do organismo em todos os sentidos, por isso é importante usar e abusar desse líquido.

RECOMENDAÇÕES GERAIS

  •  Exija que o teste do pezinho seja feito em seu filho/a logo depois do nascimento. Se for constatado que é portador de anemia falciforme, encaminhe-o logo para um médico especialista;
  • Procure imediatamente assistência se a pessoa com anemia falciforme tiver uma crise de dor. Embora às vezes ela possa ser tratada em casa com analgésicos, repouso e ingestão de muito líquido, só o médico poderá avaliar a necessidade de internação hospitalar;
  • Entenda a febre do portador de anemia falciforme como um sinal de alerta e não faça uso de medicamentos sem orientação médica que acompanha o caso;
  • Leve imediatamente para o hospital mais próximo, a criança com anemia falciforme que ficou pálida de repente;
  • Lembre-se de que alterações oculares podem ocorrer nesses pacientes. Por isso, eles devem ser avaliados periodicamente por um oftalmologista.

FONTES


www.jornalfolhadosul.com.br/
www. minhavida.com.br/
www.copacabanarunners.net
anemiafalciformebrasilia.blogspot.com
drauziovarella.com.br
www.inctsangue.net.br 
http:/ http://www.mdsaude.com/
www.saude.sp.gov.br/
BIBLIOGRAFIAS

Doença das Células Falciformes- Naoum, Paulo Cesar; Naoum, Flávio Augusto

Editora Sarvier

Anemia Falciforme-  Rocha, Heloísa Hellena Gallo da, Editora Rubio, 1ª edição
Enfermagem no Tratamento da Anemia Falciforme- Gilka Eva Rodrigues dos Santos
Editora: Epu, 1ª edição

quinta-feira, 24 de março de 2016

TERMINOLOGIA CIRÚRGICA

TERMINOLOGIA CIRÚRGICA

É o conjunto de termos próprios que expressam o segmento corpóreo afetado e a intervenção cirúrgica realizada no tratamento daquele tipo de afecção. Os termos que compõem a terminologia cirúrgica são formados por uma raiz e um sufixo. A raiz permite identificar a estrutura corpórea que está relacionada com a intervenção cirúrgica.


Prefixos da terminologia cirúrgica e seus significados

Os termos são formados por uma prefixo(raiz) e um sufixo. A raiz permite identificar a estrutura corpórea que está relacionada com a intervenção cirúrgica.
PREFIXO
RELATIVO A
Oto
ouvido
Oftalmo
olho
Rino
nariz
Bléfaro
pálpebra
Adeno
glândula
Tráqueo
traqueia
Cárdia
Esfíncter (esofagogástrico)
Gastro
estômago
Entero
Intestino delgado
Cólon
Intestino grosso
Hepato
Fígado
Cole
Vias biliares
Procto
Reto e ânus
Espleno
Baço
Láparo
Parede abdominal
Nefro
rim
Pielo
Pelve renal
Cisto
Bexiga
Histero
Útero
Salpingo
Tuba uterina
Colpo
Vagina
Ooforo
Ovário
Orqui
Testículo
Osteo
osso
Angio
Vasos sanguíneos
Flebo
veia



SUFIXO

O sufixo indica a intervenção cirúrgica a ser realizada.

SUFIXO
SIGNIFICADO
tomia 
incisão, corte, abertura de parede ou órgão
stomia
fazer uma nova “boca”, comunicar um órgão tubular ou oco com o exterior
ectomia
extirpar parcial ou totalmente um órgão
plastia
reparação plástica da forma ou função do segmento afetado.
rafia
sutura
pexia
fixação de uma estrutura corpórea;
scopia
visualizar o interior de um órgão cavitário ou cavidade com o auxílio de aparelhos especiais ( endoscópios).


Cirurgias com sufixo PLASTIA:



  • blefaroplastia – correção cirúrgica da pálpebra;
  • rinoplastia – correção cirúrgica do nariz;
  • queiloplastia – reparo de defeito nos lábios;
  • mamoplastia – correção cirúrgica das mamas;
  • ritidoplastia – cirurgia indicada para corrigir rugas da face;


Cirurgias com sufixo TOMIA:


  • laparotomia – abertura da cavidade abdominal;
  • ureterolitotomia – abertura do ureter para remoção da cálculo
  • Flebotomia – incisão na veia para introdução de cateter;
  • toracotomia – abertura da cavidade torácica;
  • cardiotomia – abertura da cárdia;

Cirurgias com sufixo STOMIA:


  • traqueostomia – “formação de uma abertura na traqueia e sutura das bordas da abertura à pele do pescoço;
  • gastrostomia – formação de uma abertura no estômago e colocação de uma sonda através da parede abdominal, geralmente utilizada para alimentação.
  • jejunostomia – formação de uma abertura no jejuno e colocação de uma sonda através da parede abdominal, geralmente utilizada para alimentação
  • Ileostomia – abertura cirúrgica do íleo, através da parede abdominal, para desviar o trânsito intestinal;
  • colostomia – abertura cirúrgica do cólon, através da parede abdominal, para desviar o Trânsito intestinal;
  • nefrostomia – formação de uma abertura na pelve renal e colocação de uma sonda exteriorizada na região lombar.

Cirurgias com sufixo ECTOMIA:


  • tireoidectomia – extirpação parcial ou total da tireoide;
  • mastectomia – retirada da mama;
  • esofagectomia – remoção parcial ou total do esôfago;
  • gastrectomia – extirpação parcial ou total do estômago;
  • colecistectomia – remoção da vesícula biliar;
  • esplenectomia – remoção do baço;
  • colectomia – remoção parcial ou total do cólon;
  • histerectomia – extirpação do útero;
  • salpingectomia – extirpação da tuba uterina;
  • ooforectomia – extirpação do ovário;
  • prostatectomia – remoção da próstata;
  • safenectomia – extirpação da safena.

Cirurgias com sufixo PEXIA:


  • retinopexia – fixação da retina descolada;
  • nefropexia – elevação e fixação do rim;
  • cistopexia – elevação e fixação da bexiga;
  • orquiopexia – fixação do testículo na bolsa escrotal

Cirurgias com sufixo SCOPIA:


  • broncoscopia – visualização direta dos brônquios;
  • esofagogastroduodenoscopia – visualização direta do esôfago, estômago e duodeno;
  • laparoscopia – visualização da cavidade abdominal;
  • retossigmoidoscopia – visualização do canal anal, reto e sigmoide;
  • colonoscopia – visualização do intestino grosso, válvula ileocecal e porção terminal do íleo;
  • cistoscopia – visualização da bexiga;

Terminologia que não segue as regras citadas


  •  amputação – retirada total ou parcial de um membro ou órgão;
  • exérese – extirpação parcial ou total de um segmento corpóreo;
  • anastomose – comunicação cirúrgica realizada entre dois vasos sanguíneos ou entre duas vísceras ocas;
  • artrodese – imobilização cirúrgica de articulação;
  • circuncisão ou postectomia – é a excisão do prepúcio para facilitar a exposição da glande;
  • paracentese – punção de um espaço cheio de líquidos, utilizando uma agulha ou trocarte, com a finalidade de aspirar o líquido ali contido;
  • toracocentese – punção/ aspiração do espaço intrapleural para remover líquidos anômalos, como é o caso dos hidrotórax, hemotórax ou empiema.
  • bartholinectomia: retirada da glândula de Bartholin
  • biópsia: remoção de um tecido vivo para fins diagnósticos
  • cauterização: destruição de um tecido por meio de um agente cáustico ou calor
  • cesariana: retirada do recém-nato através da cavidade abdominal
  • curetagem uterina: raspagem e remoção do conteúdo uterino
  • episiotomia: incisão perineal destinada a evitar a ruptura do períneo durante o parto normal
  • goniotomia: cirurgia de glaucoma
  • onfalectomia: remoção do umbigo
  • paracentese: punção cirúrgica da cavidade para retirada de líquido

Além destes termos, são utilizados também o nome do cirurgião que idealizou e aprimorou a técnica cirúrgica.


  • Operação de Manchester – para correção de prolapso de útero e cistocele.
  • Cirurgia de Werthein – histerectomia total abdominal com linfadenectomia seletiva.
  • Operação de Bursh- levantamento da bexiga
  • Operação de Hammsted: correção de estenose pilórica





BIBLIOGRAFIAS

Terminologia em Enfermagem- Santos, Aparecida Modesto dos; Editora: Martinari, 4ª Edição

Manual Do Técnico Em Enfermagem- Silva, Gilberto Tadeu Reis da; Editora Martinari 1ª Edição

Série Práticas de Enfermagem- Figueiredo, Nebia Maria Almaida de; Editora Yendis 1ª Edição