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terça-feira, 26 de abril de 2016

SÍNDROME DE BARTTER

A Síndrome de Bartter é uma doença rara que afeta os rins e provoca a perda de potássio(hipopotassemia), sódio e cloro pela urina. Esta doença diminui a concentração de cálcio no sangue e aumenta a produção de aldosterona e renina, hormônios envolvidos no controle da pressão arterial.

FATOR PREDISPONENTE
É uma doença hereditária atingindo os indivíduos desde a infância, sendo causada por um gene recessivo. Portanto, um indivíduo com o distúrbio herdou dois genes recessivos, um de cada genitor. Afeta 1 indivíduo em cada 830.000 no mundo.

HISTÓRICO/ FISIOPATOLOGIA
Esta síndrome foi descrita pela primeira vez no ano de 1962, pelo endocrinologista americano Frederic Bartter, que pesquisando sobre a aldosterona (hormônio esteroide regulador de sódio e potássio) chegou a uma tese sobre a existência da síndrome por causa do caso inexplicável de um paciente.
A etiologia desse problema ainda não foi completamente elucidada. O que se conhece, é que esta síndrome consiste em distúrbio genético, hereditário, acometendo igualmente ambos os sexos e sem predileção por etnias, resultante de um tipo de herança autossômica recessiva altamente observada na progênie de pais da mesma família, que causa uma mutação do canal de cloro, na alça de Henle, com consequente desregularão dos outros eletrólitos.
Por haver uma alteração genética, há um funcionamento anormal das células renais, levando a uma redução no transporte dos eletrólitos para reabsorção, em especial, do potássio, do cloro e do sódio, o que resulta em uma hipocalcemia com consequente elevação de renina e aldosterona sanguíneos.
A Síndrome de Bartter não tem cura, porém se diagnosticada cedo, pode ser controlada através de medicação e suplementos minerais.

TIPOS
Hoje já se sabe que, de acordo com a expressão fenotípica predominante e o defeito genético, esta perturbação pode ser dividida em duas categorias:
Síndrome de Bartter neonatal (SBN)
Síndrome de Bartter clássica (SBC)
A básica diferença entre a SBN e a SBC é a cadeia do gene afetada e o período em que a doença se manifesta.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

A. Síndrome de Bartter neonatal (SBN)
desnutrição e desidratação que levam a um intenso retardo no crescimento;
poliúria;
hiperreninemia( aumento na concentração de renina);
parto prematuro; perda urinária de sódio e cloro, seguida pela perda de potássio;
hipercalcinúria e hiperaldosteronismo;
elevados níveis de prostaglandina renal.

B. Síndrome de Bartter clássica (SBC)
retardo do crescimento;
hipercalcinúria;
polidipsia
elevada taxa de excreção de prostaglandina;
febre e desidratação causada pela poliúria;
vômitos e diarreia tornando mais grave o desequilíbrio eletrolítico;
severa hipercalciúria;
nefrocalcinose;
osteopenia.
Pacientes com síndrome de Bartter clássica pode ter sintomas nos primeiros dois anos de vida, mas eles geralmente são diagnosticados em idade escolar ou mais tarde.

Os pacientes com Síndrome de Bartter apresentam baixos níveis de potássio, cloro, sódio,cálcio e água  no sangue. O organismo tenta compensar essa situação produzindo mais aldosterona e renina. Esses hormônios reduzem a concentração de potássio no sangue,porém não têm alterações nos níveis da pressão arterial. Alguns indivíduos podem apresentar características físicas sugestivas da doença, como:
face triangular,
testa mais saliente,
olhos grandes e orelhas voltadas para frente.

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito com base na sintomatologia, juntamente com exames de sangue que evidenciam níveis irregulares de eletrólitos e hormônios.

TRATAMENTO
Muitas das consequências da síndrome de Bartter podem ser prevenidas se o paciente tomar suplementos orais de potássio e um medicamento que reduza a excreção de potássio na urina como, por exemplo:
espironolactona (a qual também bloqueia a ação da aldosterona)
triantereno
amilorida
propranolol
anti-inflamatórios não esteroides como indometacina, que devem ser tomados até ao final do crescimento para possibilitar um desenvolvimento normal do indivíduo.
É necessário que o indivíduo ingira quantidades adequadas de líquidos para compensar a perda líquida excessiva.
Os pacientes devem fazer exames de urina, de sangue e ultrassom dos rins. Isso serve para vigiar o funcionamento dos rins e do trato gastrointestinal, prevenindo os efeitos do tratamento nestes órgãos.

REFERÊNCIAS                  
GUYTON, Arthur C.; HALL, John E.. Tratado de fisiologia médica. 10. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2002. p.471-509

Bartter FC, Pronove P, Gill JR Jr, MacArdle RC. Am J Med Hyperplasia of the
juxtaglomerular complex with hyperaldosteronism and hypokalemic alkalosis: A new
syndrome. 1962;33:811-28.

Cartas ao Editor. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre, v. 79, n. 5, out. 2003 .  Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-
75572003000500017&lng=pt&nrm=iso>. acessos em16 jul. 2009. doi: 10.1590/S0021-
75572003000500017

Amin, Adalto Barros; Cerqueira, Alexandre Tavares e Casella, Roberta Granato. J Bras
Nefrol 2002;24(4); 194-8 sindrome de bartter neonatal com acidose metabolica: relato
de caso neonatal bartter s sindrome with metabolic acidosis: case report. Setor de
Nefrologia Pediatrica do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz
de Fora, MG, Brasil.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

IMPLANTAÇÃO E MANUTENÇÃO DO CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA – PICC/CCIP

FINALIDADE:
Acesso venoso central utilizando-se um dispositivo com tempo de permanência prolongado e que apresenta técnica de inserção periférica. Apresenta menor risco de complicações quando comparados a outros dispositivos endovenosos centrais e minimiza o estresse do paciente e familiar, evitando as variadas punções venosas que diariamente são realizadas, proporcionando uma assistência mais humanizada.

INDICAÇÃO
· Obter e manter o acesso venoso profundo por tempo prolongado.
· Administração de medicamentos irritantes e vesicantes;
· Administração de soluções hiperosmolares (nutrição parenteral total, solução glicosada em concentração maior que 12,5%, aminas vasoativas).

CONTRAINDICAÇÃO
· Incapacidade de identificar veia de calibre adequado, que impossibilite a inserção do introdutor;
· Inserção em membro que apresente sinais de punções múltiplas com formação de hematomas, trombos, equimoses;
· Infecção ou escoriação dérmica próxima ao local de escolha para inserção do dispositivo;
· Alterações anatômicas (estruturais ou venosas) aparentes ou confirmadas, que possam tornar o procedimento impossível de se realizar ou de risco;
· Inserção em membros com problemas ortopédicos;
· Bebês que apresentem plaquetopenia, com valores abaixo de 80.000;
· Resposta negativa da veia com reações ao cateter;
· Recém-nascidos que estiverem em instabilidade hemodinâmica;
· Necessidade de inserção do cateter em caráter de emergência para aqueles que necessitem de medidas imediatas para manutenção da vida;
· Necessidade de utilizar a veia para outra proposta como a infusão de hemoderivados;
· Administrar grandes volumes “em bolus”.

RESPONSABILIDADE:
Enfermeiro com devida certificação para  inserção de PICC (Resolução COFEN nº 258/2001).

RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:
· Hematoma, hemorragia, mau posicionamento do cateter, arritmia cardíaca, embolia pelo cateter, encefalopatia anóxica, migração do cateter;
· Risco de exteriorização, ruptura, obstrução e infecção associada ao cateter devido a manipulação / técnica inadequada
· Não permitir a infusão rápida de fluidos por gravidade;
· Exigência de equipe profissional treinada e habilitada para identificar alterações e intercorrências relacionadas ao mesmo. Isto implica na impossibilidade da continuação do processo quando da necessidade de alta do recém-nato para o alojamento conjunto, permanecendo na unidade de neonatologia até o término da terapia proposta.


MATERIAL:
  • Kit do CCIP percutâneo que pode ser completo ou simples:
  • O conjunto completo inclui o cateter, introdutor, 2 campos impermeáveis (um simples e um fenestrado), compressa de gazes, uma tesoura, uma pinça anatômica, um curativo transparente, tiras adesivas para fixação, garrote, fita métrica, seringa de 5 ml, solução de PVPI aquosa ou clorexidina 2% e álcool à 70%.
  • O kit simples inclui o cateter, o introdutor e a fita métrica. Faz-se necessário o preparo dos materiais a parte;
  • Bandeja estéril para cateterismo umbilical: 01 tesoura reta, 02 backaus, 01 pinça anatômica, 01 pinça adson sem dente e curva, 01 pinça allis, 01 campo fenestrado, 01 campo cirúrgico pequeno e 01 cuba redonda.
  • Campo simples de 90x90;
  • 02 escovas para degermação com solução antisséptica;
  • 02 capotes estéreis; 04 pares de luvas estéreis; gorros, máscaras, óculos; solução salina 0,9%; solução de heparina (0,25 ml para 250 ml de S.F. 0,9%); solução de clorexidina degermante a 4%; solução de clorexidina alcoólica 0,5%; seringa de 10 ml; seringa de 20 ml; agulha 40x12; gazes estéreis; curativo com filme transparente; adesivo transporoso estéril; extensor ou torneira de três vias; gorro, máscara, avental de manga comprida e óculos de proteção.


DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
1-PREPARO PARA A INSERÇÃO
Ação de Enfermagem
Justificativa
01-Higienizar as mãos;

01- Reduzir transmissão de microrganismos;

02- Reunir o material e levar para próximo ao paciente;


02- Evitar erros, facilitar a organização e o controle       eficiente do tempo;

03-Explicar o procedimento ao paciente e ao familiar;

03- Estabelecer relação de empatia com o paciente e esclarecer os familiares quanto à indicação, benéficos  e possíveis complicações

04- Avaliar as condições clínicas do paciente;
04- A instabilidade clínica e hemodinâmica do paciente pode contraindicar o procedimento

05- Escolher o acesso venoso;


06-Obter os dados antropométricos específicos para instalação, dentre eles a mensuração externa do CCIP e os perímetros braquial direito, esquerdo e torácico para
os cateteres inseridos em membros superiores e perímetro da coxa direita e esquerda, e quadril para os inseridos em membros inferiores;


07-Para inserção nas veias do membro superior : colocar membro a 90º do tórax, realizar a mensuração da distância entre o possível ponto de punção, seguindo o trajeto da veia, até a junção manúbrio esternal com a
cabeça da clavícula direita, seguir paralelamente ao externo até o terceiro espaço intercostal. Posicionar a cabeça voltada para o lado do membro a ser puncionado,antes de iniciar o procedimento ou solicitar ao profissional que auxilia posicioná-la no momento da  inserção;


08-Para inserção nas veias de membro inferior: colocar o membro estendido, em linha mediana, realizar a mensuração da distância entre o possível ponto de  punção até região inguinal, deste ponto até cicatriz ou
coto umbilical e deste ponto até apêndice xifoide;


09- Para inserção nas veias da cabeça e pescoço: do local de punção, seguindo pela região cervical lateral, até a cabeça da clavícula direita e deste até o 3º espaço  intercostal direito;


10- Para considerar o cateter como central ele deve estar localizado no terço distal da veia cava superior ou da cava inferior ou ainda na veia inonimada;


11-Colocar o bebê em berço aquecido de cuidados  intensivos, monitorado com oxímetro de pulso;


12- Realizar a contenção do corpo do bebê a fim de evitar expor demais e prevenir a hipotermia;


13-Realizar técnicas que minimizem a dor como administração de solução glicosada a 25%, sucção não nutritiva, contenção elástica e até mesmo prescrição  médica de analgésico;


14- Posicionar o filme de Rx sob o recém-nascido;


15- Realizar o aquecimento do membro ou local de punção,caso necessário;


16-Comunicar o setor de radiologia e o médico plantonista sobre a necessidade de se realizar o Rx, imediatamente à solicitação



2- PROCEDIMENTO DE INSERÇÂO DO CATETER
Ação de Enfermagem
Justificativa
01- Reunir o material necessário (retirei conferir prescrição médica)

02- Colocar gorro, máscara e óculos protetores;

03- Realizar a higienização cirúrgica das mãos;

04-Posicionar o paciente em decúbito dorsal , com o membro a ser puncionado exposto,


05-Paramentar-se com capote estéril, luva estéril;

06-Realizar a degermação do sítio de inserção com solução de clorexidina degermante por três minutos, em movimentos circulares centrífugos;

07-Secar a área com gaze estéril;

08-Realizar a antissepsia com solução de clorexidine alcoólica por três vezes(movimentos circulares);

09-Trocar de luva cirúrgica estéril OU, quando utilizando a técnica de dupla luva, remover a luva contaminada;

10-Posicionar os campos simples e fenestrados;

11-Lubrificar o cateter com SF 0,9%, preenchendo todo o lúmem;


12-Medir o comprimento do cateter através de sua graduação de acordo com a mensuração realizada anteriormente do trajeto venoso;

13-Adicionar 1 ou 2 cm ao tamanho e proceder o corte do cateter;

14-Garrotear o membro, se necessário;

15-Posicionar o bisel da agulha do introdutor para cima e executar a punção;

16-Observar o retorno venoso;

17-Retirar a agulha ou o mandril do introdutor, para os introdutores percutâneos;

18-Exercer pressão sobre a veia, logo à frente do introdutor inserido

19-Soltar o garrote;

20-Iniciar a inserção lentamente do CCIP no vaso, através do introdutor, com o auxílio de uma pinça anatômica.       Evitar tocar o cateter com as mãos enluvadas;

21-Avançar o cateter até a medida de comprimento  anteriormente verificado;

22-Se possível realizar o Rx neste momento, posicionando o membro superior paralelo ao tórax e a face do paciente direcionada para frente para facilitar leitura do Rx;

23-Avaliar a localização da ponta; A posição precisa e ideal da ponta do PICC é o terço distal da veia cava superior ou da veia cava inferior.

24-Exercer pressão sobre a veia, logo à frente do introdutor inserido, procurando imobilizar o cateter e retirar o introdutor lentamente;

25-Pressionar a pele no ponto de inserção;

26-Partir o introdutor separando as duas aletas conforme a orientação do fabricante;

27-Testar a permeabilidade do cateter e o retorno sanguíneo;

28-Realizar a limpeza do sítio de inserção com solução salina 0,9%, seguido de clorexidina alcoólica;

29-Enrolar o excedente do cateter exteriorizado;

30-Realizar a fixação do cateter, colocando uma tira adesiva, tipo chevron sobre o disco oval ou dispositivo de fixação;

31- Aguardar realização do RX no leito;


32- Após certificação do inconhamento do cateter, fixá-lo com um curativo de filme transparente;

33-Adaptar o extensor;

34- Iniciar infusão;

35-Retirar a paramentação;

36-Posicionar o paciente e deixá-lo confortável;

37-Higienizar as mãos;

38-Proceder as anotações em prontuário, ficha de protocolo de inserção (em anexo) e livro de registros;

39-Realizar a prescrição de enfermagem dos cuidados de manutenção do cateter.

01- Evitar erros e facilitar a organização e o controle   eficiente do tempo;

02- Prevenir a exposição a riscos biológicos;


03- Reduzir a transmissão de microrganismos;


04- Evitar contaminação. Este item deverá ser realizado pelo profissional que estará auxiliando o enfermeiro no procedimento;

05- Reduzir a transmissão de microrganismos;


















11-Observar integridade do cateter atentando para os sinais de avarias como perfurações na extensão do mesmo;























20- A introdução lenta evita danos ao vaso e o talco poderá desencadear flebite química;






22- Verificar o posicionamento da ponta do cateter




23- Esta localização permite os movimentos
normais do braço do paciente , sem o risco de que o cateter penetre no átrio direito ou se retraia para veia jugular.






25- Evitar migração do cateter e conter o sangramento local;










29- Evitar tração acidental do cateter.


30- Fixar o cateter evitando a tração acidental do cateter.


31- Avaliar o posicionamento do cateter e a necessidade de tracionamento do mesmo














37-Reduzir a transmissão de microrganismos

38-Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento. Artigos 71 e 72 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem



3-MANUTENÇÃO DO CATETER:
 Não há tempo especificado para permanência do cateter. Toda a equipe deve ser capacitada e orientada quanto ao manuseio e cuidados com o mesmo, solicitando a reportar-se ao enfermeiro quando observado qualquer anormalidade.


Ação de enfermagem
Justificativa
A manutenção da permeabilidade do cateter é realizada a cada 8 horas:

01- Proceder a lavagem (flush) com solução salina 0,9% em volume 3 vezes o priming (volume interno) do cateter(ver orientação do fabricante) padroniza-se na Unidade  a lavagem com 1 ml de  S.F. 0,9% a cada 8 horas



02- Para os cateteres que não estiverem com infusão contínua de heparina, proceder o flush a cada  6 horas


03- Aferir e registrar a circunferência do membro 5 cm acima do local da punção;

03- Um aumento nestes valores, quando comparados às medidas entre o membro e o seu contra lateral ou em relação às medidas anteriores, indicará a suspeita de trombose ou extravasamento. Neste caso, o médico deverá ser comunicado. Pode ser feita a cada 5 dias ou quando da suspeita da ocorrência.

04- O primeiro curativo deverá ser realizado com 24 horas após a inserção e os seguintes a cada 7 dias ou de acordo com a necessidade/protocolo, utilizando o curativo transparente.


05- Comunicar ao Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (NCIH) da regional a suspeita de infecção relacionada ao cateter – sinais de infecção e febre sem outro foco que possa ser identificado pela equipe da unidade.


06- Realizar raio X periódico para controle da localização do cateter a cada 5 dias.




4-MANIPULAÇÃO DO CATETER:
A manipulação adequada, seguida de rigor asséptico é fundamental para o sucesso na utilização do dispositivo.
Ação de enfermagem
Justificativa
01- Lavar as mãos com solução degermante antes e  após manusear o cateter e conexões;

02- Ao manusear o cateter friccionar álcool a 70% nas  tampas rosqueadas e conexões;

03- Inspecionar diariamente o local de inserção e o trajeto da veia;

04- Observar a fixação, sangramento, edema e hiperemia local;

05- Proceder a troca do set de infusão e outros dispositivos  acoplados ao sistema não mais que 72 horas, exceto se suspeita de bacteremia relacionada ao cateter;

06- Identificar a data da troca dos dispositivos;

07- Evitar a ocorrência de obstrução do cateter, procurando manter a bomba em infusão e  atentando para entrada de ar no sistema;

08- Não fixar esparadrapo em torno do corpo do cateter;

09- Lavar o cateter com 1 ml de S.F. 0,9% a cada 8  horas:

10- Lavar o cateter com 1 ml de S.F. 0,9% antes e após a infusão de soluções, etapas de soroterapia e  medicamentos;

11- Não tracionar o cateter e não permitir que isto ocorra;

12- A bomba de infusão não deve ficar parada e nem alarmando pelo risco de obstrução;

13- Não coletar sangue arterial no membro em que estiver o cateter;

14- Não coletar amostras de sangue pelo cateter;

15- Não infundir sangue e derivados através do cateter;

16- Não usar de força para injetar qualquer solução;

17- Não utilizar seringas com volume inferior a 10 ml;


01- Reduzir a transmissão de microrganismos





03- Observar sinais de infecção (dor, rubor,
      enduração, calor, secreção);













































17- Seringa de volume inferior a 10 ml podem comprometer a integridade do cateter, gerando pressões capazes de rompê-lo;

RECOMENDAÇÕES:
· Estar atento para a ocorrência de arritmias durante o procedimento. O profissional que auxilia pode atentar para as condições clínicas do paciente;
· Não é recomendado o início de administração de drogas antes da confirmação da localização da ponta do cateter pelo Rx.
· A posição precisa e ideal da ponta do PICC é o terço distal da veia cava superior ou da veia cava inferior. Esta localização permite os movimentos normais do braço do paciente, sem o risco de que o cateter penetre no átrio direito ou se retraia para veia jugular.
· Considera-se que um cateter está a nível central quando a sua ponta está dentro dos limites do tórax, entretanto devem ser avaliados os casos de administração de drogas irritantes, hiperosmolares e vesicantes nas junções áxilo-subclávia devido aos problemas que podem causar à túnica íntima da veia nesta área.
· Atentar para o posicionamento do paciente durante a realização do Rx, mantendo o membro superior paralelo ao tórax e a face do paciente direcionada para frente.

ASSISTA:
https://www.youtube.com/watch?v=P4H4PF2rTwc

LEIA TAMBÉM:


REFERÊNCIAS:

· 1.BRASÍLIA. Secretaria de Estado de Saúde. Unidade de Neonatologia do Hospital Regional de Planaltina. Protocolo para inserção, manuseio, manutenção do CCIP-catéter central de inserção periférica. Brasília, 2008. 32 p.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

MEDICAÇÃO VIA INTRADÉRMICA

FINALIDADE:
Administração de soluções com absorção lenta e, fins diagnóstico.

INDICAÇÃO/CONTRAINDICAÇÃO:
Indicação: diagnosticar reações de hipersensibilidade (provas de PPD para TB), sensibilidade de algumas alergias, dessensibilização e vacina.
Contraindicação: presença de lesões nos locais de aplicação.

RESPONSABILIDADE:
Enfermeiro e Auxiliar de Enfermagem.

RISCOS/PONTOS CRÍTICOS:
  • Aparecimento de edema, rubor e dor;
  • Lesão da derme, se técnica incorreta.

MATERIAL: 
  • Bandeja, 
  • seringa de 1 ml, 
  • agulha para aspirar 25X7, ou 25X8, 13x4.5, 
  • bolas de algodão medicamento prescrito,
  • luvas de procedimento, 
  • álcool a 70%.
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA
Ação de Enfermagem
Justificativa
01- Conferir a prescrição  e reunir o material necessário;

01- Evitar erros e facilitar a organização e o controle eficiente do tempo;  

02- Higienizar as mãos;


02-Reduzir transmissão de microrganismos;

03-Desinfetar as tampas e ampolas com álcool 70%;

03-Remover sujidades/microrganismos ;

04- Aspirar o medicamento utilizando agulha de 25x7 e seringa de 1 ml, sem deixar ar no interior;


05- Trocar a agulha por outra de 13x4,5;


06-Levar a bandeja com o material para o quarto do paciente;


07-Explicar o procedimento ao paciente;

07-Reduzir ansiedade e propiciar cooperação;

08-Colocar o paciente na posição mais adequada;


09-Higienizar as mãos e calçar luvas de procedimento;

09- Reduzir a transmissão de microrganismos  e  proporcionar barreira física  entre as mãos e os   fluidos corporais;

10- Ao mesmo tempo em que apoia o antebraço do cliente com sua mão, estique a pele com o polegar e indicador;


11-Introduzir a agulha (somente o bisel apontado para cima) fazendo um ângulo de 15 graus, quase  paralelamente à superfície da pele, com um  movimento delicado, porém firme; jamais aspirar;



12- Injetar lentamente o  medicamento prescrito, e observar a formação de pápula; 


13- Retirar a agulha com um único movimento, rápido e firme;


14-Não friccione nem massageie o local da pápula e oriente o paciente a não coçar nem esfregar o local

14-Evitar causar irritação no tecido subjacente e comprometer a absorção;


15- Recolher o material;

15-Manter o ambiente em ordem;


16- Retirar as luvas e higienizar as mãos;

16-Reduzir transmissão de microrganismos;

17- Checar o procedimento;

17- Informar que a ação foi realizada;

18-Realizar as anotações de enfermagem no prontuário.
18-
                Documentar o cuidado e subsidiar o tratamento; 
        Artigos 71 e 72 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Responsabilidades e Deveres).


RECOMENDAÇÕES:
·         Para testes de alergias e reações de hiperssenbilidade, o local utilizado é face ventral do antebraço (por ser pobre em pelos e local da pele mais claro).
·         Vacina BCG – inserção inferior do músculo deltoide do braço direito.
·         Agulha 13 X 4,5 ou 13 X 3,8
·         Grupo etário: qualquer idade
·         Áreas de aplicação: face ventral do antebraço e  área escapular
·         Administre um volume máximo de 0,5 ml.
·         As seringas de aplicação têm capacidade para 1 ml e apresentam graduações em decimais ou centesimais.
https://www.youtube.com/watch?v=B4FrZ2hGqS8

REFERÊNCIAS:
1.    ARCHER, Elizabeth et al. Procedimentos e protocolos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
2.   CARMAGNANI, M. I. S. et al. Procedimentos de enfermagem: guia prático. Rio de janeiro: Guanabara Koogan,
       2009.
3.    KAWAMOTO, Emilia E.; FORTES, Julia I.; Fundamentos de Enfermagem. 2. ed. São Paulo: EPU, 2005.
4.    MANUAL de procedimentos de enfermagem. São Paulo, 2005. Disponível em: <http://www.unifesp.br/spdm/manual_hosp/arquivos/manuais/>. Acesso em: 6 out. 2009.
 5.    SWEARINGEN, Pamela L. Atlas fotográfico de procedimentos de enfermagem. 3 ed. Porto Alegre, Artmed,   2001.
 6.    TAYLOR, Carol et. al. Fundamentos de enfermagem. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
 7.    TIMBY, Bárbara K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. 8  ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.